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Presidentes da Conmebol e da Concacaf são presos na Suíça por corrupção

Juan Ángel Napout e Alfredo Hawit são suspeitos de aceitar subornos em troca da venda dos direitos de transmissão de campeonatos na América Latina e de partidas das Eliminatórias

O governo suíço informou na manhã desta quinta-feira que os presidentes da Conmebol, Juan Ángel Napout, e da Concacaf, Alfredo Hawit, foram presos, em Zurique, na Suíça – ambos ocupam o cargo de vice-presidente da Fifa. De acordo com o Ministério da Justiça da Suíça, os dois dirigentes são suspeitos de aceitar subornos de milhões de dólares em troca da venda dos direitos de transmissão de campeonatos na América Latina e de partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo. As prisões foram feitas pela polícia local antes de uma reunião do Comitê Executivo da Fifa, que iria discutir reformas na entidade.

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A ação ocorreu no hotel Baur au Lac, o mesmo onde diversos executivos da Fifa, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram presos no dia 27 de maio. Hawit, de 64 anos, assumiu a Concacaf após o ex-presidente da entidade, Jeffrey Webb, ter sido em preso na operação de sete meses atrás. A situação se repete com Napout, de 57 anos, que substituiu Eugenio Figueiredo, também detido no meio do ano.

Como resposta, em seu site oficial, a Fifa limitou-se a dizer que está ciente das prisões e que contribuirá com as investigações do caso, mas que não voltará se pronunciar nesta quinta. “A Fifa vai continuar a cooperar totalmente com as investigações norte-americanas, como permitido pelas leis suíças, assim como a investigação liderada pela Procuradoria Geral Suíça. A Fifa não fornecerá mais comentários sobre os acontecimentos”, escreveu a entidade.

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Hospedado no mesmo hotel da operação, Fernando Sarney – novo representante do Brasil no Comitê Executivo da Fifa com a renúncia de Del Nero – não foi preso. O dirigente brasileiro desconhecia a operação e disse que iria às reuniões da Fifa como planejado. Ele volta na noite desta quinta ao Brasil e seria acompanhado justamente por Napout, que havia servido como seu “guia” nas primeiras reuniões na Fifa.

Segundo informações do jornal americano “New York Times”, a operação desta quinta ainda prevê a prisão de mais pessoas, entre elas funcionários e ex-funcionários da Fifa. O nome de Joseph Blatter, ainda segundo a publicação, não está entre os possíveis alvos neste caso. As prisões ocorrem a mando da Justiça dos EUA, em parceria com o governo suíço.

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(Com Gazeta Press e Estadão Conteúdo)

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