PLACAR de novembro destaca a glória de Jorginho, candidato à Bola de Ouro
Além de perfil e entrevista com o meia ítalo-brasileiro, edição traz reportagens especiais sobre gols de falta, técnicos estrangeiros, Beatles e muito mais
A edição de novembro de PLACAR já está disponível em nossas plataformas digitais em dispositivos iOS e também Android, e tem como destaque o ano mágico de Jorginho, meia brasileiro naturalizado italiano, campeão europeu pela Azzurra e pelo Chelsea, feitos que lhe credenciam à Bola de Ouro, que será entregue no fim do mês. “Eu me considero, sim, um candidato. Por causa das conquistas e das atuações na última temporada”, afirmou o próprio, em entrevista exclusiva.
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A reportagem de Luca Castilho também ouviu ex-companheiros e treinadores de Jorginho, que deu os primeiros chutes nas quadras, campos e areias de Imbituba (SC) antes de, ainda adolescente, embarcar para a terra de seu bisavô. Ele contou ter ficado indeciso ao receber uma chamada da seleção brasileira, mas não se arrepende de ter optado pela Itália.
A edição do mês, que chega às bancas de todo o país na próxima semana, traz outras reportagens especiais, sobre a queda no número dos gols de falta no país (as estatísticas comprovam: não é lenda), sobre o sucesso de treinadores estrangeiros menos badalados (Morínigo, no Coritiba, e Vojvoda, do Fortaleza) e sobre a ascensão do Red Bull Bragantino, que repaginado, vai em busca de seu primeiro título continental.
Se Jorginho se consagrou em solo italiano, o mesmo não aconteceu com Sócrates. A aventura do doutor pela Fiorentina foi curta e repleta de confusões, narradas em um capítulo do livro Doutor Sócrates (Editora Grande Área), de Andrew Downie, que publicamos com exclusividade. Na seção Prorrogação, uma matéria detalha a relação misteriosa dos integrantes dos Beatles, os filhos mais famosos da cidade de Liverpool, com o futebol. Confira a carta ao leitor da edição:
O mundo é uma bola
A edição de PLACAR que você tem em mãos ilumina um capítulo fundamental da recente história do futebol mundial: o êxodo de jogadores que, mal saídos da adolescência, vão jogar no exterior e lá constroem a vida. Nas décadas de 1990 e 2000, era comum que craques revelados em campos brasileiros rapidamente fossem levados para fora, como aconteceu com Romário e Ronaldo, catapultados por Vasco e Cruzeiro para brilhar na Holanda. Ainda hoje isso ocorre — e convém lembrar de Vinicius Jr., descoberto no Flamengo e que cresce e aparece no Real Madrid.
Mas o fenômeno sobre o qual queremos falar é outro: jovens que, mesmo antes de surgirem nos gramados daqui, já estão além-mar. Bem-vindo à história de Jorge Luiz Frello Filho, o Jorginho, tema da reportagem de capa. Em 2007, com apenas 15 anos, ele trocou um projeto social em Santa Catarina pelo Hellas Verona, da Itália. Passou por Sambonifacese e Napoli e, em 2018, chegou ao Chelsea, da Inglaterra. No meio desse caminho, escolheu se tornar italiano para jogar pela Azzurra.
Em 2021, foi campeão da Euro, com a seleção da Bota, e da Champions League, com a equipe londrina. A mudança de ares, que incluiu o novo passaporte, não foi fácil. Ao contrário. Não só porque boa parte de seus familiares ainda está na cidade catarinense de Imbituba, mas porque Jorginho, é claro, sonhava em vestir a camisa canarinho. “Vivi na Itália por quase quinze anos, metade da minha vida, foi lá que me formei como ser
humano”, disse o meia a PLACAR.
“Não consigo expressar o carinho e a gratidão que tenho pelo país. Eles me escolheram e eu os escolhi.” A frase ecoa, de alguma forma, os relatos dos imigrantes italianos que, no fim do século XIX e início do século XX, vieram buscar o futuro no Brasil. A ida do craque para a Europa é como um círculo que se fecha — o descendente de imigrantes que volta para a Itália, em bonito aceno à memória de seus familiares. Ressalve-se que a aventura vitoriosa de Jorginho — candidato a melhor do mundo, em 29 de novembro — ganha ainda mais força se comparada à rápida travessia de Sócrates pela Fiorentina, em 1984 e 1985. O que tinha tudo para ser uma consagração se transformou num momento ruim do genial atacante, como mostra o capítulo do livro Doutor Sócrates, de Andrew Downie, que publicamos com exclusividade a partir da página 40.
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PLACAR tem algumas boas novidades para dividir com você: A revista foi eleita a mais admirada do Brasil na categoria veículo impresso da imprensa esportiva, em votação promovida pelo Portal dos Jornalistas em parceira com a respeitadíssima publicação Jornalistas&Cia. Luca Castilho, jovem integrante de nossa equipe (autor da reportagem de capa deste mês), recebeu o prêmio de mais admirado na categoria repórter de veículo impresso.
Em outubro, PLACAR se tornou membro da Siga (Sport Integrity Global Alliance), entidade internacional sem fins lucrativos destinada a reunir as mais respeitadas publicações de todo o mundo em torno de um objetivo: a permanente contra a corrupção no esporte, contra o racismo e a favor
da igualdade de gênero e da transparência nos negócios do esporte. São temas caros à revista.