John Henson, do Milwaukee Bucks, definiu a situação como “preconceito racial degradante”. Loja e policiais usaram “mal-entendido” como justificativa
O pivô John Henson, do Milwaukee Bucks, alegou ter sido vítima de racismo ao tentar entrar em uma joalheria da cidade de Milwaukee, nos Estados Unidos, na segunda-feira. O atleta negro de 24 anos usou as redes sociais para denunciar o ocorrido, definido por ele como “um dos mais degradantes de sua vida”. A loja chamada Schwanke-Kasten, no entanto, afirmou que tudo não passou de um “mal-entendido” e teve sua tese apoiada pela polícia local.
Henson contou ter sido barrado na porta da joalheria. “Eles trancaram a porta e me disseram para eu ir embora. Depois de tocar a campainha duas vezes, todos foram para os fundos. Ninguém atendeu a porta ou me disse o que estava acontecendo”, escreveu Henson em sua conta no Instagram. Em seguida, policiais chegaram ao local e abordaram o atleta, que explicou que apenas queria olhar alguns relógios. Os policiais, então, tiveram que avisar os funcionários que Henson não oferecia perigo para que sua entrada fosse permitida.
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“Este foi um dos casos de preconceito racial mais degradantes que já vi e não desejo isso a ninguém. Essa loja precisa ser denunciada, e é o que estou fazendo”, escreveu na legenda da foto da entrada da loja. Thomas Dixon, dono da joalheria, afirmou a jornais americanos que seus funcionários negaram a entrada de Henson por causa de um mal-entendido envolvendo seu carro.
Ele alegou ter recebido a orientação de chamar a polícia caso um Chevrolet Tahoe vermelho estacionasse em frente à loja – justamente o mesmo modelo de carro que Henson dirigia no momento. A polícia local emitiu um comunicado de duas páginas confirmando a orientação e dizendo que assaltos na região já haviam sido registrados nas últimas semanas.
O Milwaukee Bucks definiu o caso como “muito preocupante” por meio de um comunicado de defesa ao atleta. Henson atua na equipe da NBA desde 2012 e nesta temporada receberá um salário anual de 2,9 milhões de dólares (cerca de 11 milhões de reais).
(da redação)
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