Piloto canadense revela que ficou paraplégico após grave acidente na Indy
Robert Wickens não perdeu as esperanças de recuperar movimentos das pernas. “Nunca trabalhei tão duro por algo em minha vida”
O canadense Robert Wickens, de 29 anos, revelou nesta sexta-feira, em suas redes sociais, que ficou paraplégico depois de sofrer um grave acidente na etapa de Pocono da Fórmula Indy, na Pensilvânia, em agosto deste ano.
O piloto da Schmidt Peterson Motorsports se chocou com o americano Ryan Hunter-Reay, da Andretti Autosport, e colidiu com o muro lateral. A organização da Indy, na ocasião, reportou que o canadense sofreu múltiplas fraturas pelo corpo.
“Fiz minha primeira transferência da cama para a cadeira de rodas como paraplégico hoje. Espero conseguir fazer isso sem ajuda logo, pois a parte superior do meu corpo está ficando mais forte. Postei vídeos de pequenos movimentos nas minhas pernas, mas a realidade é que estou longe de caminhar por conta própria”, comentou em suas redes sociais.
Wickens afirmou que não perdeu as esperanças de recuperar os movimentos das pernas. “Algumas pessoas estão confusas com a gravidade da minha lesão, então quis que soubessem a verdade. Estou dando o máximo para acionar os nervos das minhas pernas. Nunca trabalhei tão duro por algo em minha vida”, declarou.
View this post on InstagramContinua após a publicidade
Logo depois do acidente envolvendo Robert Wickens, o ex-piloto Felipe Massa criticou a insegurança nos carros e circuitos da Fórmula Indy e citou as diversas medidas executadas pela Fórmula 1 para preservar a segurança dos pilotos.
“Quando você vê todos os acidentes que acontecem na F1 e na IndyCar nos últimos anos, podemos dizer que F1 está sempre tentando melhorar (com o halo, mudanças nas pistas, Safety Car Virtual e etc para melhorar a segurança) e a IndyCar não está fazendo muito. É inacreditável ver um circuito como o de Pocono, com velocidade média em torno de 360 km/h, com os muros tão baixos assim e com as cercas. São muito, muito perigosas para a segurança! Desculpe dizer isso, mas eles precisam providenciar a segurança dos pilotos”, escreveu o ex-piloto da Fórmula 1.