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Patrocinadores exigem rescisão de Robinho: prejuízo pode chegar a R$ 28 mi

Ao todo, 16 patrocinadores podem deixar o Santos; Conselho Deliberativo discutirá o futuro do jogador na próxima semana

A divulgação das transcrições de interceptações telefônicas utilizadas na sentença de condenação em primeira instância pela justiça italiana do atacante Robinho pela acusação de estupro coletivo de uma jovem albanesa, divulgadas nesta sexta-feira, 16, pelo site ge.com, levou diversos parceiros do Santos a condicionarem suas permanências à rescisão de contrato com o jogador.

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O departamento jurídico do clube está reunido para discutir providências. Desde o início da manhã, o clube montou o que chama de um comitê de crise. Até mesmo o presidente Orlando Rollo, afastado de atividades presenciais devido a uma crise hipertensiva aguda, sofrida nesta quinta-feira, 15, participa por meio de videoconferência e mensagens por WhatsApp.

Se optar por bancar Robinho, o clube pode ficar sem nenhum de seus patrocinadores. PLACAR apurou que os valores somados das 16 empresas que possuem contrato se aproxima de 28 milhões de reais anuais. O principal deles é a Umbro, de cerca de 7 milhões de reais. A fornecedora de material esportivo ainda não se pronunciou sobre os desdobramentos do caso.

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Outras empresas que firmaram contratos considerados importantes dentro da Vila Belmiro, como Philco (3,5 milhões de reais), e Kicaldo (2,5 milhões de reais), já cobraram posicionamento imediato e cogitam o rompimento de contrato – a exemplo da Orthopride, empresa da área de ortodontia estética, que anunciou o fim do acordo na última quarta, 14.

O acordo com a Orthopride era válido até fevereiro de 2021 e calculado em 2,4 milhões de reais anuais, sendo 400.000 reais em permuta. A decisão, por sinal, não deve gerar nenhum retorno ao clube já que o contrato previa uma espécie de cláusula moral que, mesmo em caso de rescisão unilateral, não aplicaria multa a uma das partes, sendo suspenso o valor ainda previsto pelo período.

A Orthopride publicou nota explicando só ter tomado conhecimento da contratação do jogador por meios de veículos de comunicação e das mídias sociais. Como motivo para o desligamento, a empresa diz que não poderia “passar por cima de valores como respeito, ética e dignidade entre os seres humanos” citando a empatia com o público feminino.

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Confira o posicionamento de alguns patrocinadores do Santos

“A Philco manifesta que repudia veementemente a contratação do atleta Robinho, após a constatação dos fatos”, diz um trecho da nota da empresa de produtos eletrônicos. “Neste momento exigimos a rescisão imediata com o atleta. Caso contrário, a Philco irá revogar o contrato, pois a situação não compactua com os valores da marca”, completa.

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“Notificamos o Santos Futebol Clube que, caso o clube não rescinda o contrato com o jogador em questão, retiraremos o nosso patrocínio”, cita, também em nota, a Kicaldo. O posicionamento é semelhante ao adotado pela Foxlux. “Diante das novas divulgações apresentadas solicitamos ao Santos Futebol Clube informações de quais ações serão tomadas em relação ao ocorrido para que possamos decidir as melhores atitudes a serem adotadas”, explica a empresa de materiais elétricos, que tem um contrato 2,5 milhões de reais com o Peixe.

Outra patrocinadora a manifestar posicionamento foi a Tekbond. A empresa diz que não foi consultada pela contratação do jogador e que “neste momento, a continuidade do nosso patrocínio está condicionada ao cancelamento da contratação do jogador pelo clube”.

A Casa de Apostas, que rende 2,7 milhões de reais anuais ao Santos, divulgou nota em que afirma que, diante dos novos fatos, notificou o clube sobre a impossibilidade da continuidade do contrato de patrocínio caso se mantenha a decisão em prosseguir o vínculo com o jogador. A empresa aguarda a decisão final da diretoria do clube, até segunda-feira, 19, para definir o futuro da parceria.

Na próxima quarta-feira, 21, o Conselho Deliberativo do Santos se reunirá para discutir a aprovação, ou não, da contratação do atacante. A convocação não cita expressamente Robinho, mas apresenta como um dos itens da pauta do dia a “votação do encaminhamento do Comitê de Gestão de proposta de contratação de atletas”.

Confira os valores que o Santos já perdeu e ainda pode perder graças ao caso Robinho:

Orthopride: 2,4 milhões de reais (rescindido em 14/10)
Tekbond: 350.000 reais
Philco: 3,5 milhões de reais
Foxlux: 2,5 milhões de reais
Casa de Apostas: 2,7 milhões de reais
Umbro: 7 milhões de reais
Moove Nutrition: 350.000 reais
Vitafor: 500.000 reais
Matrix: 500.000 reais
Amazing Thailand: 500.000 reais
Oceano: 2 milhões de reais
Kodilar: 1,2 milhão de reais
Unicesumar: 1,5 milhão de reais
Kicaldo: 2,5 milhão de reais
Sono Quality: 400.000 reais
Unisanta: 60.000 reais

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