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Pai de Messi é suspeito de ligação com o tráfico, diz jornal

Associação que organizou jogos beneficentes com o nome do craque serviria para lavar dinheiro para traficantes. A família de Messi nega as acusações

A acusação divulgada pelo El Mundo é grave: o pai de Messi negociaria com os criminosos em troca de uma fatia de 10% a 20% do dinheiro lavado. Os jogos dos Amigos de Messi já aconteceram em duas cidades colombianas

Uma reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal espanhol El Mundo levanta a suspeita de uma ligação indireta entre Jorge Messi, pai do craque argentino Lionel Messi, e o tráfico de drogas. De acordo com o diário, a Unidade Central de Operações da Guarda Civil da Espanha (UCO, na sigla em espanhol) abriu investigação para apurar o envolvimento da associação “Amigos de Messi” e a lavagem de dinheiro dos cartéis de narcotraficantes da Colômbia. Jorge Messi seria um dos investigados no caso. Através de assessores, a família do craque negou as acusações e prometeu processar o jornal. Uma agência de notícias espanhola divulgou que a associação está, de fato, sendo investigada por lavagem de dinheiro, mas o pai de Messi não teria conhecimento das irregularidades nas operações da entidade.

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A investigação, que ainda está numa fase inicial, corre sob segredo de Justiça. De acordo com o El Mundo, autoridades judiciais de Madri e Barcelona já colheram depoimentos de quatro jogadores do Barcelona: além de Messi, o brasileiro Daniel Alves, o espanhol Pinto e outro argentino, Mascherano. Eles foram ouvidos não por causa de qualquer suspeita de irregularidade, mas sim porque os investigadores queriam saber mais sobre os jogos beneficentes realizados pela associação Amigos de Messi. O juiz Eduardo López-Paplop teria decidido encaminhar o caso à Suprema Corte espanhola, já que, de acordo com a reportagem, o esquema tem ramificações em outras cidades da Espanha. Os amistosos beneficentes realizados com o nome de Messi seriam um dos meios usados pelos bandidos colombianos para lavar milhões de dólares obtidos com o tráfico.

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A família do craque informou ao jornal Mundo Deportivo que a organização das partidas dos Amigos de Messi é feita por uma empresa chamada Player Imagen, que não tem ligação direta com o jogador nem com Jorge Messi. Ainda segundo os familiares, uma pessoa envolvida na organização dos jogos está sendo investigada na Colômbia, o que, de acordo com assessores de Jorge Messi, não significa qualquer responsabilidade do argentino no caso. A fraude nos jogos beneficentes seria praticada com uma fraude na venda de ingressos. Os organizadores divulgariam um público maior do que o real e, com isso, fariam a lavagem de dinheiro. A acusação divulgada pelo El Mundo é grave: o pai de Messi negociaria com os criminosos em troca de uma fatia de 10% a 20% do dinheiro lavado. Os jogos dos Amigos de Messi já aconteceram em duas cidades colombianas: Bogotá e Medellín.

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Lima, no Peru, Chicago, Los Angeles e Miami, nos EUA, e Cancún, no México, também receberam partidas beneficentes nos últimos dois anos. Além dos jogos, shows que levavam o nome do jogador também estão sob suspeita. Dois deles aconteceram na Espanha, em Barcelona e Madri – e esse último teria sido o estopim para a investigação. De acordo com a reportagem, autoridades colombianas especializadas no combate ao crime organizado ainda procuram mais pistas sobre o esquema. O pai de Messi já está envolvido em outro problema judicial. Há alguns meses, Jorge Messi e o filho famoso tiveram de prestar esclarecimentos à Agência Tributária da Espanha depois de uma acusação de sonegação de mais de 4 milhões de euros em impostos. Condenado, Jorge Messi precisou pagar 5 milhões de euros por dívidas referentes aos anos de 2007, 2008 e 2009.

(Com agência Gazeta Press)

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