Brasil está em terceiro no quadro geral de medalhas depois dos primeiros sete dias de disputa
O Time Brasil encerrou a primeira semana dos Jogos Pan-Americanos de Lima e figura entre os países que mais conquistaram medalhas até o momento. Foram 12 ouros, 10 pratas e 22 bronzes, num total de 44 medalhas que colocam o país no terceiro lugar até a manhã desta sexta-feira. A competição termina no próximo dia 11 e a expectativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é conseguir o maior número de vagas olímpicas em disputa, além de alcançar a segunda colocação geral.
A consagração de algumas surpresas foram os pontos positivos da primeira semana. Os três ouros de Francisco Barretto na ginástica artística e o desempenho histórico do taekwondo foram os destaques. A decepção ficou por conta de Arthur Zanetti, prata na prova das argolas, e na canoagem.
Confira os destaques da primeira semana do Pan:
As mulheres cumpriram seu papel. Conquistaram a sexta medalha de ouro seguida em Jogos Pan-Americanos e garantiram mais uma vez a vaga do continente na próxima Olimpíada. A final foi no último dia 30 contra a Argentina: vitória por 30 a 21.
O Brasil levou oito atletas para a competição e conseguiu sair com sete medalhas. Foi a melhor participação do país na história: dois ouros, duas pratas e três bronzes. Milena Titoneli venceu a medalhista olímpica Paige McPherson, dos EUA, na categoria até 67 quilos e ficou com um dos ouros. O outro foi de Edival Pontes, o Netinho, na categoria até 68 quilos. O atleta de 21 anos é considerado pelo COB como uma das principais promessas do esporte brasileiro para os Jogos de Tóquio.
Fernando Reis não tinha grandes adversários na prova do levantamento de peso na categoria acima de 109 quilos e não deixou a desejar. Ganhou a prova sem muitas dificuldades, apesar de estar voltando de lesão. Levantou 190 quilos na parte de arranco e outros 230 na fase de arremesso. É o terceiro ouro de Fernando em Jogos Pan-Americanos.
A delegação não contou com Rebeca Andrade, o maior destaque do país no feminino, e perdeu Jade Barbosa na véspera da competição – ambas machucadas. Mesmo assim, ficou na primeira posição do quadro de medalhas na ginástica artística. Foram quatro ouros, quatro pratas e três bronzes. Francisco Barretto, o atleta mais velho da equipe masculina, foi o maior destaque com três ouros na barra fixa, no cavalo com alças e na prova por equipes.
O campeão olímpico Arthur Zanetti era o maior favorito para levar o ouro na disputa das argolas – principalmente se considerarmos o baixo nível dos adversários no Pan. A certeza de ouro se transformou em frustração, quando ele não conseguiu completar um movimento e acabou perdeu 0,6 pontos na nota. Acabou ficando com a prata. O técnico Marcos Goto afirmou depois da apresentação que nunca havia visto o atleta falhar em uma competição.
Henrique Avancini não conseguiu acabar com o tabu de 60 anos sem títulos do Brasil no ciclismo mountain bike do Pan. Um dos principais atletas do país e favorito a lutar por uma medalha em Tóquio-2020, ele teve (muito) azar: o cabo da suspensão da bicicleta quebrou já na largada e ele ainda teve um pneu furado durante a prova. Teve que andar três minutos até conseguir fazer a troca da roda e mesmo assim ainda teve forças para chegar na segunda colocação e garantir a medalha de prata.
O esporte perdeu o apoio estatal que contava até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 e o resultado refletiu a realidade financeira da modalidade. Há quatro anos, no Pan de Toronto, a canoagem ficou com nove medalhas. Desta vez foram apenas três. Isaquias Queiroz conquistou o único ouro na prova do C1 1000m. O C2 1000m em parceria com Erlon Souza também teria dado medalha para o Brasil, mas o companheiro de Isaquias passou mal durante a prova, acabou desmaiando e teve que ser socorrido.