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Operários do Parque Olímpico suspendem greve

Outros 25.000 trabalhadores da construção civil paralisaram o trabalho em importantes obras na cidade, como Linha 4 do Metrô e a Transcarioca

Uma audiência de conciliação, realizada na Justiça do Trabalho, no Centro do Rio, encerrou a greve dos 2.600 operários da obra do Parque Olímpico dos Jogos do Rio 2016, na Barra da Tijuca. O trabalho havia sido paralisado na última quinta-feira, colocando em risco o cronograma da construção do complexo, que receberá competições de 15 modalidades olímpicas.

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De acordo com Carlos Antonio Figueiredo Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil (Sintraconst-Rio), a greve foi suspensa até a próxima sexta-feira, quando representantes do sindicato e da Concessionária Rio Mais, responsável pela construção do complexo, discutirão os termos de acordo.

Os operários reivindicam melhorias salariais e benefícios, como a extensão do plano de saúde individual para filhos e esposas. “Desde sexta-feira tentamos negociar com a concessionária, mas eles se recusavam a discutir as propostas”, disse Souza.

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Obras de mobilidade – Outras grandes obras que estão sendo realizadas no Rio de Janeiro podem ter o cronograma atrasado devido à greve de 25.000 operários. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sintraicp), Nilson Duarte Costa, operários das obras do Engenhão, do Porto Maravilha e de importantes projetos de mobilidade urbana, como a Linha 4 do metrô, Transcarioca (que ligará a Barra da Tijuca ao aeroporto do Galeão), Transolímpica (Barra a Deodoro) e Transoeste (Barra da Tijuca, Santa Cruz e Campo Grande) estão com os braços cruzados desde segunda-feira.

De acordo com Costa, a categoria reivindica 10% de reajuste salarial, 300 reais de cesta básica e pagamento integral de horas extras. Nesta quarta-feira, o sindicato e representantes dos empregadores reuniram-se para tentar um acordo. A proposta oferecida – aumento de 9% e cesta de 280 reais – será discutida em assembleia no sindicado na manhã de quinta-feira.

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“Acredito que os trabalhadores não aceitarão o fim da greve porque as empresas se recusam a pagar 100% de hora extra. Já abrimos mão outros pedidos, como plano de saúde. As empresas precisam ceder”, disse Costa.

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Críticas – As greves, que podem atrasar a construção das sedes esportivas e das obras de infraestrutura, ocorrem em um momento delicado. Terça-feira, o italiano Francesco Ricci Bitti criticou o governo do Rio e disse que era preciso começar a pensar em “plano B”. Nesta quarta, em uma das reuniões da Assembleia Geral da Associação das Federações Internacionais Olímpicas de Verão, na Turquia, Bitti, que preside essa entidade, reiterou sua preocupação com os Jogos no Brasil – e ouviu do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, que seus temores são parecidos.

“Em janeiro, quando eu estive no Rio de Janeiro, disse que nenhum dia poderia ser perdido. Bem, depois da inspeção da Comissão de Coordenação, em março, eu disse que nenhuma hora poderia ser perdida. Compartilhamos as preocupações. É hora de agir”, disse Bach, que assumiu a presidência do COI no fim do ano passado, no lugar do belga Jacques Rogge.

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