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Operador de guindaste do Itaquerão ficou 18 dias sem folga

Ministério do Trabalho ainda não relaciona os dias trabalhados com o acidente

O operador do guindaste envolvido no acidente do Itaquerão, no final de novembro, estava 18 dias sem folga, segundo informou o Ministério do Trabalho nesta terça-feira, após uma vistoria no estádio do Corinthians. Os dias consecutivos de trabalho de José Walter Joaquim foram registrados no cartão de ponto, segundo o Ministério, que apura se a jornada sem folga fazia parte de algum acordo com a construtora Odebrecht e os funcionários para apressar a conclusão da obra. Em nota, a Locar Guindastes e Transportes Especiais alegou que o operador não estava trabalhando sem folgas – ele havia ficado sem trabalhar no domingo que antecedeu o acidente.

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De acordo com o Ministério, não é possível relacionar a sequência de dias trabalhados com o acidente – dois operários morreram, após o guindaste derrubar uma peça na cobertura do estádio. A Odebrecht alega que José Walter Joaquim foi ao estádio durante esses dias, mas não operou o guindaste sequencialmente. Em depoimento à polícia, o trabalhador negou falha humana. Ele disse que havia feito o procedimento outras 37 vezes antes da queda. Ainda não há laudo que determine a causa do acidente.

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A vistoria do Ministério do Trabalho servirá para atestar se os oito guindastes que estão interditados podem voltar a funcionar. Havia nove guindastes na construção, contando aquele que foi danificado com o acidente. Quatro guindastes foram analisados pelos peritos, que deram um parecer positivo em dois deles apenas. Os outros dois necessitam de pequenos reparos, segundo os técnicos. Mesmo após o acidente, o estádio do Corinthians receberá abertura da Copa de 2014.

(Com Estadão Conteúdo)

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