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O que se sabe sobre Schumacher, cinco anos depois do acidente?

O maior campeão da F1 sofreu grave acidente de esqui na França, em 29 de dezembro de 2013. Família mantém segredo sobre seu tratamento

Um acidente chocou o mundo há cinco anos: em 29 de dezembro de 2013, Michael Schumacher, o maior vencedor da história da Fórmula 1, sofreu uma grave lesão cerebral ao bater a cabeça contra uma pedra enquanto esquiava em Méribel, nos Alpes Franceses. Desde então, o estado de saúde do ex-piloto alemão, que completa 50 anos no dia 3 de janeiro, é um segredo guardado ferranhamente pelos familiares – o que também abre margem para especulações (e, claro, notícias falsas). No entanto, novas pistas foram dadas em 2018.

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Oficialmente, sabe-se que Schumacher continua em tratamento em sua casa, na Suíça – em agosto, a revista suíça L’Illustré cravou que a família se mudaria para a ilha de Maiorca, na Espanha, informação negada pela assessora do alemão, Sabine Khen. Após o acidente, Schumacher passou seis meses internado em Grenoble (França) e, depois de sair do estado de coma, passou três meses na cidade suíça de Lausanne, até ir para casa, em 2014.

Em novembro deste ano, a revista alemã Bunte revelou o conteúdo de uma carta escrita por Corinna, esposa de Schumacher há 23 anos, em agradecimento ao cantor alemão Sascha Herchebach, que compôs uma música de apoio ao ex-piloto. “Eu gostaria de agradecer sinceramente por sua mensagem e pelo belo presente que nos ajudará neste momento difícil. É bom receber tantos votos e outras palavras bem-intencionadas, é um grande apoio à nossa família. Todos sabemos que Michael é um lutador e não desistirá”, escreveu Corinna.

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Assim como em anos anteriores, outras pessoas próximas à família deram pequenas pistas de como o campeão da F1 está de saúde. Em novembro, o arcebispo alemão Georg Gänswein relatou, também à revista alemã Bunte, uma visita ao heptacampeão, em 2016. Segundo ele, Schumacher “consegue sentir as pessoas ao redor dele”.

“Sentei na frente dele, segurei as duas mãos e olhei para ele. Seu rosto é, como todos sabemos, o típico rosto de Michael Schumacher, só está um pouco mais cheio. Ele sente que pessoas amorosas estão ao seu redor, cuidando dele e, graças a Deus, afastando o público curioso demais. Uma pessoa doente precisa de discrição e compreensão.”, contou Gänswein.

Já o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, uma das poucas pessoas que tem acesso ao velho amigo, se recusou a comentar sobre seu estado de saúde. “É momento de deixar o Schumacher viver sua vida em paz”, respondeu Todt ao jornal argentino La Nación, sem dar maiores detalhes.

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Em 2017, o brasileiro Felipe Massa também disse ter visitado o ex-companheiro de Ferrari, assim como Willi Weber, ex-agente de Schumacher que causou enorme confusão ao dizer que “já é hora de a família de Schumacher contar a verdade”.

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Algumas pessoas enviaram mensagens de esperança, como a empresária e porta-voz oficial, Sabine Kehm. “O que aconteceu com ele é algo que, infelizmente, não podemos mudar. Só nos resta ter paciência e manter a esperança de que um dia ele estará de volta entre nós”, disse Kehm, em mostra dedicada ao heptacampeão mundial, em fevereiro de 2016.

Outros foram mais pessimistas, como ex-presidente da Ferrari e amigo de Schumacher, Luca di Montezemolo. “Infelizmente, as notícias não são boas. A vida é mesmo muito estranha. Ele foi o piloto mais vencedor na Ferrari e teve apenas um acidente grave na carreira, em 1999, que foi culpa nossa e não dele. Infelizmente, um acidente de esqui arruinou sua vida”, disse Montezemolo, em tom emocionado, segundo os jornais italianos, em 2016. 

Fake news

Como nos anos anteriores, o estado de saúde de Schumacher provocou uma enxurrada de notícias falsas. A principal de 2018 veio da revista francesa Paris Match, que disse que o ex-piloto chora ao ver as belezas naturais da aldeia de Andraxt, em Maiorca, onde teria adquirido uma casa para ajudar em sua recuperação. Dias depois, a prefeita do município espanhol confirmou a versão da família Schumacher de que o alemão jamais comprou uma propriedade no local. 

Ironicamente, a notícia mais concreta sobre Schumacher foi dada em 2017, em resposta a uma fake news. Um tribunal alemão condenou a revista alemã Bunte por ter publicado uma notícia falsa e “irresponsável” de que Schumacher teria “voltado a caminhar”, no que chamou de “milagre de Natal”.

“Schumacher não pode andar hoje e é improvável que tenha conseguido na época”, informou o tribunal, que obrigou a publicação a pagar uma indenização de 50.000 euros (cerca de 168.000 reais) à família de Schumacher. Em outra notícia de pouca credibilidade, o jornal britânico Daily Express, informou, citando uma fonte anônima, que Schumacher estava pesando menos de 45 quilos (cerca de 30 quilos a menos do que nos tempos em que competia). 

Já a revista italiana Autosprint publicou, um ano após o acidente, que Schumacher teria os músculos faciais imóveis mas responderia a estímulos sonoros com os olhos. Além disso, já ficaria sentado em cadeira de fisioterapia para fazer exercícios para os músculos e que “chorava ao escutar a voz dos filhos e da mulher, Corinna“. A família sempre negou todas as informações.

Herdeiro cobiçado por McLaren e Ferrari

Mick sonha com a F1 Dan Istitene/Getty Images

Enquanto o estado de saúde de Michael Schumacher segue em segredo, o filho do heptacampeão, Mick, vem ganhando destaque e se aproximando cada vez mais da elite das pistas. Em 2018, o jovem de 19 anos foi campeão da Fórmula 3 europeia pela equipe Prema, com a qual já assinou acordo para disputar a Fórmula 2 no ano que vem, principal categoria de acesso à Fórmula 1.

Além disso, segundo a versão italiana da revista Motorsport ,as rivais Mercedes e Ferrari já disputam a contratação do novo prodígio da família Schumacher para um projeto de jovens pilotos. O piloto estaria propenso a seguir os passos do pai na escuderia de Maranello.

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