No primeiro dia de seu julgamento, nesta segunda-feira, o atleta paraolímpico sul-africano Oscar Pistorius negou que tenha premeditado o assassinato de sua namorada, Reeva Steenkamp, em fevereiro do ano passado. Pistorius admitiu ter atirado na modelo, mas alegou que a tragédia foi um acidente.
No começo do julgamento, que deve durar cerca de três semanas, o promotor Gerrie Nel acusou o atleta de “matar intencionalmente e ilicitamente” a namorada no Dia dos Namorados do ano passado. A juíza Thokozile Massina, então, perguntou como Pistorius se sentia em relação ao caso: “Não culpado, senhora”, ele respondeu.
Ele também disse não ser culpado de outras acusações contra ele, como posse e uso de armas ilegais. Vestido com um terno preto, gravata preta e camisa branca, Pistorius parecia nervoso ao entrar cabisbaixo na sala onde a audiência seria realizada.
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Segundo o depoimento, Pistorius assustou-se com a presença da namorada em um banheiro no andar superior da casa, achando que se tratava de um ladrão que invadira o local. Por isso, disparou vários tiros: três acertaram Reeva na cabeça e um no quadril.
O julgamento acontece na Suprema Corte de Pretória, África do Sul, e está sendo transmitido ao vivo pelo canal de televisão eNCA. Nesta segunda-feira, o atleta se encontrou com a mãe de Reeva, June Steenkamp, pela primeira vez desde a tragédia.
Se for condenado premeditação da morte de Reeva, Pistorius poderá ser preso por no mínimo 25 anos ou ter declarada prisão perpétua. O julgamento por um crime culposo (sem intenção de matar), por outro lado, pode levar a uma reclusão de até 15 anos de prisão ou até mesmo colocá-lo em liberdade.