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Morre Pedro Rocha, ídolo do São Paulo e do Uruguai

Meio-campista técnico e goleador, uruguaio colecionou títulos no Peñarol, fez história no Morumbi e disputou quatro Copas do Mundo durante sua carreira

O ex-jogador uruguaio Pedro Rocha morreu na noite desta segunda-feira, em São Paulo, um dia antes de completar 71 anos. Rocha sofria desde 2008 de atrofia no mesencéfalo, uma doença cerebral degenerativa que afeta os movimentos e a fala.

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São Paulo – Meia habilidoso e goleador, Pedro Rocha já era ídolo do Peñarol e da seleção uruguaia quando chegou ao São Paulo em 1970, aos 28 anos. No Morumbi, começou na reserva do tricampeão Gérson, mas rapidamente assumiu a camisa 10 e conquistou a torcida tricolor, aliando a tradicional garra charrúa com uma técnica refinada. Ao lado do amigo Pablo Fórlan, abriu caminho para outros jogadores uruguaios brilharem com a camisa do São Paulo, como Darío Pereyra e, mais recentemente, Diego Lugano.

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Nos sete anos de sua passagem pelo clube, marcou 113 gols em 375 jogos e venceu os campeonatos paulistas de 1971 e 1975 e o Brasileirão de 1977. Mesmo jogando como armador, marcou 17 gols no Brasileiro de 1972 e foi o artilheiro do torneio, ao lado de Dadá Maravilha, do Atlético-MG. A categoria do uruguaio também impressionou Pelé, que classificou Pedro Rocha como um dos cinco melhores jogadores do mundo na época.

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Em nota em seu site oficial, o São Paulo lamentou a morte do ex-jogador, classificado como “ídolo máximo de toda uma geração de são-paulinos”. “A mágica e a mística de Pedro Rocha estarão para sempre nas páginas de ouro da trajetória do São Paulo”, diz o comunicado.

Peñarol – Além do sucesso no Brasil, Rocha também foi uma das principais peças do Peñarol multicampeão dos anos 1960, uma das maiores equipes da história do futebol sul-americano. Pelo time de Montevidéu, conquistou oito campeonatos uruguaios, três Libertadores e dois Mundiais Interclubes. Titular do meio campo da seleção uruguaia desde muito jovem, Pedro Rocha participou de quatro Copas do Mundo seguidas, entre 1962 e 1974, feito jamais repetido por outro jogador da Celeste.

Depois de encerrar sua passagem pelo São Paulo, em 1977, passou por outras equipes brasileiras, como Palmeiras, Coritiba e Bangu – mas sem o mesmo brilho. Jogou também no futebol mexicano e terminou a carreira na Arábia Saudita.

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