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Messi não deve jogar em gramados artificiais da MLS, diz site

Atualmente, há seis estádios da MLS que utilizam campo sintético. Atlanta United já avisou que não pretende alterar seu piso

A presença de Lionel Messi na Major League Soccer promete lotar todos os estádios pelos quais o Inter Miami passar, elevando as receitas de toda a liga dos Estados Unidos. No entanto, há um dilema a ser resolvido: segundo informações desta quinta-feira, 20, do site Sportico, o argentino já avisou que não atuará em gramados artificiais e ao menos uma equipe, o Atlanta United, já informou que não pretende reformar suas instalações.

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No momento, há seis estádios da MLS que utilizam grama sintética: Gillette Stadium (New England Revolution), Providence Park (Portland Timbers), Lumen Field (Sounders FC), Bank of America Stadium (Charlotte FC), BC Place ( Vancouver Whitecaps) e o Mercedes-Benz Stadium (Atlanta United). O compromisso em Atlanta está marcado para 16 de setembro, mas há risco de Messi não jogar.

Ao Sportico, o presidente do Atlanta United, Garth Lagerwey, disse que o clube não pretende instalar um gramado natural, o que não ocorre no local há seis anos. Ele citou o atual técnico do Inter Miami, o argentino Tata Martino, que treinou o Atlanta entre 2016 e 2018, para justificar sua posição.

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“Você pode perguntar a Martino, ele está familiarizado com a qualidade do nosso gramado”, disse Lagerwey. “Ele pode explicar a seus jogadores como é bom e seguro jogar em nosso estádio”, completou o dirigente, ressaltando que a superfície articial de seu estádio conquistou a mais alta certificação da Fifa.

Messi nunca atuou em gramados artificiais em sua carreira na elite europeia e pela seleção argentina. Embora o craque nunca tenha dito publicamente que só atuará em partidas em campo natural, recentes falas do comissário da MLS, Don Garber, deram a entender que os estádios que queiram receber o astro devem fazer alterações, com planos de melhorias, expansões temporárias, além, claro, do aumento no preço dos ingressos.

“A MLS promove muitos jogos internacionais e conseguimos trazer grama natural para esses estádios, mas nunca fizemos isso para um jogo da temporada regular”, disse Garber. “Minhas expectativas são de que eles farão isso [instalar gramados naturais], mas há muito trabalho a ser feito para descobrir tudo isso”, disse Garber.

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O vice-comissário da liga, Gary Stevenson, completo que a presença ou não de Messi depende de outras questões além do piso. “. “Querem que ele jogue duas vezes por semana? Há problemas no tendão? A quantidade que um jogador joga é decidida entre o jogador e seu treinado. Certamente essas questões vão surgir e vamos ter mais discussões internamente sobre a melhor maneira de lidar com isso.”

A Mercedes-Benz Stadium, do Atlanta, é um dos estádios que receberá a Copa do Mundo de 2026 e por isso terá de instalar um gramado natural até lá, pois essa ainda é uma das exigências da Fifa para seu maior torneio.

Polêmica com ‘tapetinhos’

A questão dos gramados sintéticos também gera debates acalorados no Brasil. Atualmente, há três pisos artificiais na Série A: a Ligga Arena, do Athletico-PR, o Allianz Parque, do Palmeiras, e o Nilton Santos, do Botafogo.

Luís Suárez, estrela do Grêmio que também negocia com o Inter Miami, pediu para não atuar nos campos sintéticos, pois teme que isso possa piorar as suas dores no joelho. O técnico tricolor, Renato Gaúcho, chegou a culpar o campo do Allianz Parque pela contusão de um de seus atletas.  “A gota d’água para a lesão do Bitello, assim como de dores musculares em outros jogadores, foi a grama sintética do Palmeiras.”

Gabigol, do Flamengo, chegou a criticar o piso abertamente, tratando como “horrível” o campo do Athletico-PR. Outras estrelas, no entanto, aprovaram as mudanças. “O Nilton Santos tinha gramado horrível. Não tivemos hipótese de colocar um gramado natural bom, que é aquilo que defendo, então é melhor artificial bom do que um mau gramado. Tem sido muito melhores os espetáculos, para nós e para o nosso adversário”, afirmou o técnico Luís Castro, pouco antes de deixar o Botafogo. Até o momento, não há estudos conclusivos sobre maior risco de lesão neste tipo de gramado.

Rony, do Palmeiras, no gramado sintético do Allianz Parque
Rony, do Palmeiras, no gramado sintético do Allianz Parque – Alexandre Battibugli/PLACAR
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