Memória: o desempenho do Brasil na Copa das Confederações
Seleção participou de sete das nove competições e ganhou quatro vezes
A lamentada ausência da seleção brasileira na edição 2017 da Copa das Confederações é justificada pelo belo histórico. Afinal, o Brasil participou de sete das nove competições e ganhou quatro vezes. Foram conquistas marcadas por um futebol vistoso, que empolgou a torcida e criou grande expectativa para os mundiais — que não se concretizaram. Confira o resumo das participações da seleção.
1997: dupla Ro-Ro afiada
Sob o comando de Zagallo, a seleção distribuiu goleadas no embalo de Romário e Ronaldo (sete e quatro gols, respectivamente), dupla que não esteve junta no mundial da França, no ano seguinte, porque o Baixinho foi cortado por contusão.
Time-base: Dida; Cafu, Aldair, Júnior Baiano e Roberto Carlos; César Sampaio, Dunga, Juninho Paulista e Denílson; Romário e Ronaldo
1999: laboratório do “pofexô”
Poucos dias após conquistar a Copa América, o técnico Vanderlei Luxemburgo decidiu levar apenas cinco titulares para a competição disputada no México. Apostou nos atletas da seleção olímpica, principalmente os meias Alex e Ronaldinho Gaúcho. O time chegou invicto à decisão, mas sucumbiu aos donos da casa por 4 a 3.
Time-base: Dida; Evanílson, Odvan, João Carlos e Serginho; Emerson, Flávio Conceição, Zé Roberto e Alex; Ronaldinho e Christian.
2001: a era Leomar
Autorizado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a levar uma seleção alternativa, o técnico Emerson Leão pagou um preço alto. Terminou apenas em quarto lugar, o cartola não cumpriu a palavra e o demitiu ainda no aeroporto. Homem de confiança do treinador, o volante Leomar (Sport Recife) acabou injustamente marcado como símbolo daquele fracasso.
Time-base: Dida; Zé Maria, Lúcio, Edmílson e Léo; Leomar, Ramón Menezes e Carlos Miguel; Leandro Amaral, Fábio Júnior e Washington.
2003: pós-penta
Com Carlos Alberto Parreira de volta ao comando, foi a primeira competição após a conquista da Copa de 2002. Oportunidade para promover renovação e poupar estrelas como Rivaldo e Ronaldo. Mas a seleção acabou caindo na primeira fase, pior campanha na história do torneio.
Time-base: Dida; Belletti, Lúcio, Juan e Kléber; Emerson, Kleberson, Ricardinho e Ronaldinho; Gil e Adriano.
2005: o verdadeiro quadrado mágico
Muito se esperava do quarteto Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo na Copa de 2006, mas a formação que funcionou de verdade foi com Robinho ao lado do Imperador (artilheiro e craque daquela Copa das Confederações). Vencendo a anfitriã Alemanha na semifinal (3 a 2) e goleando a Argentina na decisão (4 a 1), o Brasil subiu no salto do otimismo e o tombo foi grande um ano depois.
Time-base: Dida; Cicinho, Lúcio, Roque Júnior e Gilberto; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho; Robinho e Adriano.
2009: 100% Dunga
A relação do ranzinza treinador com imprensa e torcedores nunca foi amistosa, mas Dunga tinha números convincentes àquela altura. Foi uma campanha impecável (cinco vitórias e 14 gols marcados), com Kaká e Luís Fabiano (artilheiro com cinco gols) em grande fase. A confiança fez com que 18 jogadores daquele elenco garantissem vaga na equipe da Copa de 2010, que caiu nas quartas.
Time-base: Júlio César; Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos; Felipe Melo, Gilberto Silva, Ramires e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
2013: euforia enganosa
Enquanto as outras seleções encaravam o torneio com menor entusiasmo, o Brasil buscava a reconciliação com seu torcedor, atuando em casa. A versão dois da “família Scolari” empolgou em goleadas contra Itália e Espanha (na decisão), além de uma emocionante vitória sobre o Uruguai na semifinal. Júlio César pegou tudo, Neymar deu show, Fred foi o artilheiro. No ano seguinte, o trio não funcionou na mesma sintonia e veio o 7 a 1…
Time-base: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Fred e Neymar.