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Marcelo Oliveira: o técnico do tri é um ex-ídolo… do Atlético

Treinador de 58 anos supera a desconfiança da torcida montando uma equipe ofensiva, organizada e eficaz. Este é o primeiro título nacional de sua carreira

“Teve muito essa questão da rivalidade, que foi quebrada com trabalho, comprometimento, orgulho e honra de vestir a camisa do Cruzeiro. É ser profissional acima de tudo”

Uma das poucas caras novas na galeria dos principais treinadores do país, Marcelo Oliveira, mineiro de 58 anos, chegou ao Cruzeiro no início do ano e termina sua primeira temporada no clube levantando o troféu de campeão brasileiro. Seu sucesso à frente da equipe azul é incontestável, mas o caminho de Oliveira não foi nada fácil – principalmente pelas circunstâncias do desembarque no novo clube. Mesmo sendo um técnico em ascensão, que já mostrou sua capacidade na hora de montar times competitivos e eficientes, ele foi recebido com certa desconfiança pelo torcedor cruzeirense, já que sua origem no futebol é atleticana – Marcelo Oliveira foi ídolo do arquirrival do Cruzeiro como jogador.

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Formado nas categorias de base do Galo, o atacante Marcelo passou dez anos no clube antes de defender Botafogo e Nacional de Montevidéu. Ainda voltou a vestir a camisa atleticana em 1983, antes de encerrar a carreira em 1985. Na hora de começar a carreira de treinador, a escolha foi mais uma vez o Atlético. Chegou a assumir o time principal em seis ocasiões, como técnico interino ou temporário. Depois, passou por Ipatinga, Paraná, Coritiba e Vasco da Gama antes de retornar a Belo Horizonte. Sua melhor campanha antes do Cruzeiro foi pelo Coritiba, onde comandou o time em 131 jogos e conseguiu um recorde mundial de vitórias consecutivas no futebol profissional, 24. Foi bicampeão paranaense e duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil.

No Cruzeiro, seu estilo discreto, tranquilo e trabalhador foi respeitado desde o início – ainda que, inegavelmente, o passado atleticano tenha deixado o cruzeirense mais fanático com uma pulga atrás da orelha. “O Cruzeiro tinha perdido por 4 a 0 para o Santos quando foi anunciado o meu nome. O Atlético, ao mesmo tempo, estava muito bem. Teve muito essa questão da rivalidade, que foi quebrada com trabalho, comprometimento, orgulho e honra de vestir a camisa do Cruzeiro. É ser profissional acima de tudo”, disse o técnico em entrevista ao canal Sportv. Com a conquista da taça neste domingo, ele consegue o primeiro título nacional de sua carreira. O troféu do Brasileirão, aliás, já tinha ficado perto de suas mãos em 1977, quando o Atlético foi finalista (perdeu para o São Paulo). Mas foi pelo Cruzeiro que o ex-atleticano Marcelo Oliveira enfim ganhou a competição.

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