Maradona será candidato à presidência da Fifa, anuncia jornalista
Amigo íntimo de Maradona e um dos mais famosos narradores da América do Sul, Víctor Hugo Morales disse que ex-jogador concorrerá ao cargo
O ídolo argentino Diego Armando Maradona seguirá os passos dos ex-jogadores Luis Figo e Zico e será candidato à presidência da Fifa. A informação foi revelada pelo jornalista uruguaio Víctor Hugo Morales, amigo e companheiro do ex-craque argentino no programa De Zurda, da emissora venezuelana Telesur. “Telefonei para Maradona para ver com estava seu pai. Ele me contou que será candidato à presidência da Fifa e me autorizou a comunicar esta informação”, escreveu o apresentador em seu perfil no Twitter.
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Dias atrás, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sugeriu que Maradona, com quem mantém estreitos laços de amizade, topasse concorrer ao cargo em vez apoiar o príncipe jordaniano Ali Bin al-Hussein – recentemente, Maradona disse que seria o vice-presidente da chapa do príncipe. Joseph Blatter, presidente da Fifa desde 1998, decidiu deixar o cargo depois da revelação dos escândalos de corrupção no futebol mundial.
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As agressões a jornalistas
Maradona tem um vasto histórico de confusões com jornalistas. No último desentendimento, em agosto deste ano, ele deu um tapa na cara de um repórter ao ser irritar com uma pergunta sobre seu ambiente familiar. “Nem vocês nem seus chefes vão me dizer o que tenho que fazer. Eu tenho um ambiente feliz. Parem de me incomodar, porque tenho 53 anos, já não sou o Dieguito, sou o Diego Armando Maradona”, gritou após a agressão. Esse incidente, no entanto, foi insignificante perto do que Maradona aprontou em 1994: irritado com a presença de jornalistas de plantão em frente à sua mansão, Maradona usou uma espingarda de ar comprimido e atirou contra eles. Por sua atitude, foi condenado a dois anos de prisão, mas escapou de ir para a cadeia após pagamento de fiança.
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Os xingamentos no hino
Maradona não é o tipo de pessoa que se intimida com vaias, nem mesmo vindas de um país inteiro. Na final da Copa de 1990, diante da Alemanha, a torcida italiana (ainda doída pela derrota da Azzurra para a Argentina na semifinal) vaiou o hino argentino no Estádio Olímpico de Roma. Inconformado, o então jogador do Napoli não teve dúvidas e xingou os torcedores italianos (“hijos de p…”) em alto e bom som, diante das câmeras de TV. Após a partida, ainda negou um cumprimento ao brasileiro João Havelange, então presidente da Fifa e seu grande desafeto.
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A batalha campal de 1984
Maradona não foi feliz em sua passagem pelo Barcelona, entre 1982 e 1984. Sua trajetória no clube catalão chegou ao fim com uma briga generalizada na final da Copa do Rei, diante do Athletic Bilbao, no Santiago Bernabéu. Meses depois de sofrer uma grave lesão após entrada duríssima de Andoni Goikoetxea (que ficou conhecido como “O Açougueiro de Bilbao”), Maradona reencontrou seu algoz na decisão. Derrotado por 1 a 0, Maradona perdeu a cabeça após a partida e iniciou uma briga generalizada, na qual distribuiu voadoras e pontapés. Por sua má conduta, Maradona recebeu três meses de suspensão e foi obrigado a pedir desculpas ao rei Juan Carlos. Pouco depois, deixou o clube para fazer história no Napoli, da Itália.
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A briga na Croácia
A mais recente confusão de Maradona aconteceu na Croácia. Poucos dias depois de participar do Jogo pela Paz e de se encontrar com o papa Francisco, no Vaticano, o ídolo argentino foi flagrado em uma briga na cidade croata de Dubrovnik, onde passava férias. Em um vídeo feito com um celular e divulgado pelo jornal local Dubrovacki, Maradona é visto aos gritos, correndo em direção a outra pessoa, na saída de uma casa noturna, aparentemente bêbado. As imagens são de baixa qualidade, tornando difícil entender o que realmente aconteceu na saída da boate. Mas é possível ouvir o barulho de uma garrafa de vidro quebrando – que, segundo testemunhas, foi arremessada pelo argentino – e xingamentos de Maradona contra seu ex-genro, o atacante argentino Sergio “Kun” Aguero, do Manchester City.
(Da redação)