Maradona aceita cargo em fundação oferecido pela rainha Elizabeth II
A Football For Unity ajuda crianças carentes de todo mundo com projetos relacionados ao ensino do futebol
O ex-jogador Diego Maradona aceitou nesta terça-feira o cargo de diretor-geral na América Latina da fundação Football For Unity. O cargo foi oferecido pela rainha da Inglaterra, Elizabeth II. O esportista mais querido da Argentina publicou em seu perfil no Facebook um vídeo em que profere um discurso de agradecimento à Coroa Britânica e ao parlamento inglês. No vídeo, Maradona cutuca os cartolas envolvidos nos recentes escândalos de corrupção na Fifa: “Fiquem tranquilos que as crianças da América Latina serão bem cuidadas por mim. Agradeço muitíssimo pela confiança, porque sou honesto e os corruptos comigo não têm vez. Vamos fazer entre todos nós que as crianças sorriam, esse vai ser nosso prêmio. Aqui não vai existir corrupção, isso posso assegurar”, disse o ídolo argentino.
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A Football for Unity é sediada em Londres e ajuda crianças de todo mundo com o apoio da Fifa, da Coroa Britânica e de outros países na América Latina. “A rainha apoia a postura de Maradona, por isso o escolheu. Ela pretende que o dinheiro que está sendo roubado da Fifa vá para as crianças”, disse Matías Morla, advogado do ex-jogador.
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As agressões a jornalistas
Maradona tem um vasto histórico de confusões com jornalistas. No último desentendimento, em agosto deste ano, ele deu um tapa na cara de um repórter ao ser irritar com uma pergunta sobre seu ambiente familiar. “Nem vocês nem seus chefes vão me dizer o que tenho que fazer. Eu tenho um ambiente feliz. Parem de me incomodar, porque tenho 53 anos, já não sou o Dieguito, sou o Diego Armando Maradona”, gritou após a agressão. Esse incidente, no entanto, foi insignificante perto do que Maradona aprontou em 1994: irritado com a presença de jornalistas de plantão em frente à sua mansão, Maradona usou uma espingarda de ar comprimido e atirou contra eles. Por sua atitude, foi condenado a dois anos de prisão, mas escapou de ir para a cadeia após pagamento de fiança.
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Os xingamentos no hino
Maradona não é o tipo de pessoa que se intimida com vaias, nem mesmo vindas de um país inteiro. Na final da Copa de 1990, diante da Alemanha, a torcida italiana (ainda doída pela derrota da Azzurra para a Argentina na semifinal) vaiou o hino argentino no Estádio Olímpico de Roma. Inconformado, o então jogador do Napoli não teve dúvidas e xingou os torcedores italianos (“hijos de p…”) em alto e bom som, diante das câmeras de TV. Após a partida, ainda negou um cumprimento ao brasileiro João Havelange, então presidente da Fifa e seu grande desafeto.
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A batalha campal de 1984
Maradona não foi feliz em sua passagem pelo Barcelona, entre 1982 e 1984. Sua trajetória no clube catalão chegou ao fim com uma briga generalizada na final da Copa do Rei, diante do Athletic Bilbao, no Santiago Bernabéu. Meses depois de sofrer uma grave lesão após entrada duríssima de Andoni Goikoetxea (que ficou conhecido como “O Açougueiro de Bilbao”), Maradona reencontrou seu algoz na decisão. Derrotado por 1 a 0, Maradona perdeu a cabeça após a partida e iniciou uma briga generalizada, na qual distribuiu voadoras e pontapés. Por sua má conduta, Maradona recebeu três meses de suspensão e foi obrigado a pedir desculpas ao rei Juan Carlos. Pouco depois, deixou o clube para fazer história no Napoli, da Itália.
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A briga na Croácia
A mais recente confusão de Maradona aconteceu na Croácia. Poucos dias depois de participar do Jogo pela Paz e de se encontrar com o papa Francisco, no Vaticano, o ídolo argentino foi flagrado em uma briga na cidade croata de Dubrovnik, onde passava férias. Em um vídeo feito com um celular e divulgado pelo jornal local Dubrovacki, Maradona é visto aos gritos, correndo em direção a outra pessoa, na saída de uma casa noturna, aparentemente bêbado. As imagens são de baixa qualidade, tornando difícil entender o que realmente aconteceu na saída da boate. Mas é possível ouvir o barulho de uma garrafa de vidro quebrando – que, segundo testemunhas, foi arremessada pelo argentino – e xingamentos de Maradona contra seu ex-genro, o atacante argentino Sergio “Kun” Aguero, do Manchester City.
(Com Agência EFE)
