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Libertadores está de volta com polêmicas e clubes insatisfeitos

Competição retorna com três países que ainda não retomaram seus torneios nacionais; Boca Juniors jogará com atletas que testaram positivo para a Covid-19

A Copa Libertadores da América recomeça nesta terça-feira, 15, após paralisação de seis meses causada pela pandemia de coronavírus, mas a retomada causou reclamações e consternação em uma região onde o esporte ainda não está em pleno vapor. A competição volta com muitos problemas: times alegam estar despreparados, calendário apertado e até casos de Covid-19 em jogadores que estarão em campo.

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O caso mais grave envolve um dos times mais tradicionais do torneio. O Boca Juniors, que chegou a ter 18 jogadores com testes positivos para o novo coronavírus no início do mês, ganhou uma liberação da Conmebol e das autoridades paraguaias para entrar no país e atuar contra o Libertad na quinta-feira, 17, com jogadores que ainda não estão curados, mas já não apresentam riscos de transmitir a doença – algo que aconteceu no Campeonato Brasileiro, na partida do Atlético Goianiense, contra o Flamengo.

O Libertad reclamou da decisão e emitiu um comunicado oficial manifestando “indignação, repúdio e absoluta preocupação” por um ato que pode colocar em risco a população do Paraguai – um dos países da América Latina que melhor combateram o novo coronavírus. “Lamentamos profundamente que a Conmebol ignore seus próprios protocolos sanitários, infringindo assim princípios fundamentais de convivência da associação, que colocam em risco a saúde das pessoas que entrarão em contato com membros da delegação do Boca Juniors”, diz a nota.

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A Libertadores retorna com 32 times de dez países, embora o futebol nacional ainda não tenha reiniciado em três deles: Argentina, Bolívia e Venezuela. “As equipes argentinas foram convocadas a competir em desvantagem e não estão preparadas para isso”, disse Nicolás Russo, presidente do Lanús e diretor da Associação Argentina de Futebol.

O técnico do Racing Sebastián Beccacece afirmou que o adversário da quinta-feira, o Nacional, do Uruguai, terá jogado quase uma dúzia de vezes desde a volta, enquanto sua equipe ainda não atual. “Essa é uma vantagem real e avassaladora. Precisamos confiar que seremos fortes e poderemos apelar para nossa capacidade mental e emocional para tentar compensar essa diferença inicial, porque também estaremos sem a energia de nossos torcedores, que são tão vitais para nós. Mas temos para estar prontos para o desafio.”

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Todos os jogos serão disputados com portões fechados, mas com taxas de infecção ainda altas – mais da metade de todos os casos de Covid-19 está nas Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde.

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(Com Reuters)

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