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Lais Souza: ‘Antes era a paraplégica, agora sou a atleta gay’

Ex-atleta reclama de rótulos, evita falar de sua orientação sexual e confia que voltará a andar

Um ano e dois meses depois do acidente que a deixou em uma cadeira de rodas, a ex-atleta Laís Souza fala com entusiasmo sobre o sonho de voltar a caminhar. “Resolvi me focar nas mini vitórias. A primeira foi respirar sem aparelhos. Tenho certeza de que vou voltar a andar”, afirmou a jovem de 26 anos à revista Glamour. A ex-ginasta e esquiadora, no entanto, demonstrou bastante incômodo ao comentar sobre sua orientação sexual. Um mês depois de afirmar ser bissexual, Lais disse estar cansada de carregar rótulos.

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“Hoje estou solteira, mas o sexo é normal: posso beijar, transar e amar da mesma forma. Acontece que esse assunto me chateia. Desde que sofri o acidente, ganhei muitos rótulos. Primeiro, era a atleta acidentada. Depois, a atleta paraplégica. Agora, sou a atleta gay. Eu sou só a Laís Souza! Por que minha opção sexual tem que ser manchete?! Quebrei o pescoço, poxa! A gente precisa de manchetes pra isso, pra que cada vez existam mais pesquisas que me tirem da porcaria dessa cadeira!”, desabafou.

Lais disputou as Olimpíadas de Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012 como ginasta, e se preparava para representar o Brasil no esqui aéreo nas Olimpíadas de Inverno de Sochi, na Rússia. No entanto, no dia 27 de janeiro de 2014, se chocou com uma árvore enquanto treinava em Salt Lake City, nos Estados Unidos, e ficou tetraplégica.

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Ela passou seis meses internada em um hospital em Miami, onde recebeu um tratamento experimental, recebeu três injeções de células-tronco e viu sua lesão ir de completa para incompleta, o que foi considerado pelos médicos como um grande avanço. Laís voltou ao Brasil no início do ano e dá sequência à recuperação em Ribeirão Preto, sua cidade natal. Em janeiro, a presidente Dilma Rousseff sancionou uma lei que lhe concede uma pensão vitalícia no valor de 4.390,24 reais para auxiliar no processo de reabilitação.

(Com Gazeta Press)

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