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Justiça do Rio suspende eleição para vice-presidente da CBF

Pleito marcado para o dia 16 elegeria o sucessor de Marin e era visto pela oposição como uma manobra política de Del Nero. Entidade prometeu recorrer

A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu, em caráter liminar, a realização de assembleia geral extraordinária convocada pela CBF para eleição de um novo vice-presidente. A 2ª Vara Cível acatou pedido do presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim de Pádua Peixoto Filho, no fim da tarde desta sexta-feira. Assim, a eleição marcada para a próxima quarta-feira, dia 16, está suspensa. A entidade presidida de forma interina por Marcus Vicente irá recorrer.

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Segundo despacho do juiz Mauro Cunha Olinto Filho, “há uma convocação pelo Presidente em exercício da ré (CBF), para suprir um dos cargos de Vice-Presidente, sem que haja sequer a indicação de qual dos cinco cargos estaria vago”. O magistrado considerou ainda “que há indícios de irregularidades na forma de convocação (em 4 de dezembro de 2015), feita às pressas por conta do pedido de licença de [Marco Polo] Del Nero no dia anterior”.

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Marco Del Nero pediu licença da presidência da CBF na semana passada, após ser acusado pelo FBI de corrupção. Hoje o presidente interino da entidade é o deputado federal Marcus Vicente (PP-ES), que só assumiu o cargo porque Del Nero pediu licença e, assim, pôde indicar um dos vices que o substituiria. Em caso de renúncia, no entanto, o estatuto determina que o vice mais velho assuma a presidência – no caso, Delfim de Pádua Peixoto Filho, principal opositor de Del Nero. Por isso, Del Nero e Marcus Vicente realizaram uma manobra política no último dia 4.

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O presidente interino convocou as eleições para o cargo de vice-presidente, para o lugar de José Maria Marin – que teria renunciado a uma das quatro vagas de vice por estar suspenso e cumprindo pena de prisão domiciliar, acusado de corrupção, em sua residência, em Nova York. No mesmo dia foi lançada a candidatura do coronel Antônio Nunes, presidente da Federação Paraense de Futebol, que tem 77 anos e passaria a ser o vice mais velho da entidade. O plano é impedir que Delfim de Pádua, que tem 74, assuma o poder. A medida gerou a revolta de alguns dirigentes, sobretudo da região Nordeste, e, a pedido de Delfim de Pádua, a Justiça optou pelo adiamento.

Resposta – Em nota divulgada neste sábado, a CBF disse respeitar a decisão judicial, mas avisou que vai recorrer para manter a eleição no dia 16. “A CBF reitera seu profundo respeito e absoluta confiança na Justiça brasileira. Por estas razões, respeitará a determinação judicial e apresentará o cabível recurso, certa que o melhor direito prevalecerá ao final”, diz trecho do comunicado.

(com Estadão Conteúdo)

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