Juíza rejeita acordo milionário entre NFL e ex-atletas
Ex-jogadores deveriam receber 765 milhões dólares por danos causados por traumatismos cranianos durante as partidas. Juíza quer aumentar o valor
A juíza federal Anita Brody rejeitou nesta quarta-feira o acordo aceito pela NFL (liga profissional de futebol americano) para pagar 765 milhões dólares (cerca de 1,8 bilhão de reais) a mais de 18.000 ex-jogadores profissionais por problemas de saúde que sofreram durante a carreira – a maioria causada por traumatismos cranianos durante as partidas. Ela considerou que o acordo extrajudicial não tem a quantidade suficiente de dinheiro para garantir que todos os jogadores sejam ressarcidos.
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O litígio começou por causa de um processo apresentado por mais de 4.500 ex-jogadores e familiares contra a NFL. A queixa é que os choques constantes na cabeça provocam as concussões. A entidade é acusada de esconder os riscos, forçando o retorno dos jogadores com o problema. A NFL negou que agiu de maneira incorreta nos casos, garantindo que trabalha para assegurar a segurança dos atletas.
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O curioso no caso é que a NFL e os ex-jogadores tentam convencer a juíza que o acordo satisfaz a ambas as partes. Os valores seriam destinados à realização de exames médicos, compensações pelo período de recuperação das contusões e pesquisas sobre o problema a que estão expostos os jogadores. O acordo estabelece, além disso, que a NFL terá 20 anos para fazer o pagamento completo da quantia estipulada, mas metade deverá ser entregue nos três primeiros anos.
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Entre os ex-jogadores que movem a ação estão pelo menos dez membros do Hall da Fama da NFL, entre eles o lendário running back do Dallas Cowboys, Tony Dorsett. Também estão envolvidos no processo os familiares do ex-linebacker Junior Seau, integrante do time ideal da década de 1990 da NFL, que cometeu suicídio em 2013 e teve seu cérebro doado para pesquisas referentes a concussões.
(Com agência EFE)