Juiz manda prender parceiros argentinos de J. Hawilla
Empresários são acusados de subornar dirigentes da Conmebol e da Concacaf
O juiz argentino Marcelo Martínez de Giorgi expediu nesta quinta-feira mandados de prisão para três empresários argentinos envolvidos no escândalo de corrupção na Fifa, investigado pelo governo americano. Alejandro Burzaco, presidente da Torneos y Competencias S.A, e Hugo Jinkis e seu filho Mariano, proprietários da Full Play, são acusados de suborno, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha em negociações de direitos de transmissão de TV. “Existe um pedido de prisão com fins de extradição feito pela Interpol”, revelou Giorgi. A participação dos três argentinos nos crimes foi revelada pelo empresário brasileiro J. Hawilla, que entrou em acordo com a Justiça americana e deu detalhes das irregularidades.
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Giorgi afirmou que desconhece o paradeiro dos acusados, mas que trabalha com a Interpol para conseguir extraditá-los para os Estados Unidos. Jorge Anzorreguy, advogado dos Jinkis, pediu ao juiz que seus clientes respondam ao processo em liberdade. Ele afirmou que não conhece detalhes das acusações e declarou que ambos “não querem prejudicar a causa, mas querem saber o motivo do pedido de extradição”.
Os três foram acusados de pagar subornos milionários a dirigentes da Conmebol e da Concacaf para obter os direitos televisivos e de exploração de marketing de torneios organizados pela entidade. De acordo com os documentos do FBI, a empresa Full Play seria uma “joint venture” entre a Torneos y Competencias e a brasileira Traffic, de J. Hawilla, para formar a Wematch, responsável pela comercialização da próxima edição da Copa América, que será realizada no próximo mês, no Chile.
(com Estadão Conteúdo)