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Jogos de Tóquio: COI vai comprar vacinas da China para atletas olímpicos

Acordo de cooperação foi anunciado pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach

Em meio a um clima de incertezas em relação aos Jogos de Tóquio, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, anunciou nesta quinta-feira, 11, que a China fornecerá vacinas contra a Covid-19 para as delegações da Olimpíada, marcada para 23 de julho e 8 de agosto, e Paraolimpíadas, entre 24 de agosto a 5 de setembro, e também para os Jogos de Inverno de Pequim, em 2022.

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Bach informou que o governo chinês concordou em fornecer vacinas para qualquer participante que as necessite e que o COI cobrirá todos os custos. A entidade também se comprometeu que, para cada dose adicional atribuída às delegações olímpicas, comprará outras duas a serem destinadas à população deste mesmo país. A entidade não informou um calendário de vacinação, nem quantas doses serão compradas ou de qual vacina se trata.

“Ficamos muito gratos com a oferta chinesa, que demonstra o verdadeiro espírito olímpico de solidariedade”, afirmou Bach, durante reunião virtual com dirigentes, segundo informações da agência AP. O gesto é visto como uma forma de a China melhorar sua imagem diante da comunidade internacional. Ativistas vêm tratando a Olimpíada de Inverno de Pequim como “Jogos Genocidas”, relacionando o evento a conflitos em Hong Kong, Tibet e a repressão contra os uyghurs, uma minoria étnica muçulmana que vive nas fronteiras da China com o Afeganistão, Cazaquistão e o Quirguistão.

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Bach voltou a demonstrar otimismo na realização do evento, que foi adiado em um ano devido à pandemia. O dirigente ressaltou que “um número significativo de equipes olímpicas já estará vacinada, de acordo com suas diretrizes nacionais”. É o caso de Israel, Hungria, Índia, México e Lituânia, cujas federações ou governos assumiram o compromisso de vacinar seus atletas.

O anúncio suaviza um clima de incertezas e negatividade em relação aos Jogos. Em pesquisas recentes, a maioria da população japonesa já se mostra a favor do cancelamento do evento. No início desta semana, a agência de notícias local Kyodo informou que o governo do Japão decidiu realizar os Jogos sem a presença de espectadores estrangeiros.

Fontes anônimas do governo revelaram que o temor provocado por variantes mais contagiosas da Covid-19 registradas em outros países, incluindo o Brasil, levou as autoridades a vetar a presença de torcedores de fora do Japão. O país vem sofrendo para conter o aumento dos casos de Covid, que em janeiro chegou a um pico de mais de 2.500 casos registrados por dia em Tóquio.

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O governo e o comitê organizador dos Jogos devem realizar uma reunião remota com o Comitê Olímpico Internacional, possivelmente na próxima semana, para tomar uma decisão formal. Não fala-se, no entanto, em adiamento ou cancelamento:

Caso confirmada a ausência de público, o comitê organizador terá que rever sua estratégia de crescimento, já que a presença de visitantes era parte fundamental no plano de reanimar a economia japonesa. Embora o adiamento de um ano tenha feito o custo disparar para pelo menos 1,64 trilhão de ienes (cerca de 87 bilhões de reais), o comitê organizador esperava ganhar 90 bilhões de ienes (quase 5 bilhões de reais) com a venda de ingressos.

 

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