Publicidade
Publicidade

Jogadores, clubes e CBF condenam racismo contra Tinga

Astros e até rivais se manifestaram depois que peruanos ofenderam brasileiro

“Espero que não volte a acontecer em um estádio, e menos ainda no Peru. Nos perdoem, amigos brasileiros”, disse o goleiro do Garcilaso

As manifestações de racismo da torcida do Real Garcilaso, do Peru, contra Tinga, do Cruzeiro, na noite de quarta-feira, na estreia do campeão brasileiro na Copa Libertadores, despertaram indignação e perplexidade entre jogadores, dirigentes e entidades do futebol brasileiro. A CBF liderou as mensagens de apoio a Tinga, condenando o comportamento dos peruanos – que imitavam macacos sempre que o volante tocava na bola durante a derrota cruzeirense por 2 a 1. “Por um mundo sem racismo, sem preconceito e sem desrespeito”, dizia a mensagem divulgada pela entidade nas redes sociais. A CBF lembrou ainda que outros atletas já foram vítimas de ofensas similares. “Neymar, Marcelo, Diego Maurício, Roberto Carlos, Hulk e outros já foram também alvo dessa prática que fere as mais elementares normas de civilidade.” O presidente da Fifa, Joseph Blatter, também se manifestou via redes sociais, lamentando o caso.

Publicidade

Leia também:

Lateral da seleção é alvo de racismo em clássico de Madri

Messi estrela a maior campanha da Uefa contra o racismo

Brasileiro sofre racismo de sua própria torcida na Espanha

Astros como Neymar, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho também usaram o Twitter para apoiar Tinga. Entre os clubes, o Internacional, onde o volante foi bicampeão da Libertadores, também lamentou a postura dos peruanos, e o Atlético-MG deixou a rivalidade de lado para expressar sua revolta com o episódio. O presidente Alexandre Kalil e jogadores como Victor, Réver e Diego Tardelli condenaram as manifestações racistas. No Cruzeiro, a revolta foi ainda maior por causa das condições precárias que enfrentou na partida disputada no Peru. “Estádios sem condição de jogo, segurança zero, racismo… Será que a Conmebol se pronuncia?”, questionou o meia Júlio Baptista. O clube promete ir à confederação sul-americana para cobrar punições ao Garcilaso por causa do comportamento dos torcedores.

Tinga, um veterano em disputas continentais, se disse chocado com o ocorrido. “Confesso que fiquei surpreso. Já é minha oitava Libertadores e nunca tinha acontecido isso. Joguei alguns anos na Europa, onde se fala muito disso, e nunca aconteceu. De repente, em um país tão próximo, tão parecido com a gente pela mistura de raças, acontece uma coisa dessas. Eu trocaria todos os meu títulos pelo fim do preconceito. Trocaria por um mundo com igualdade entre todas as raças e classes.” Envergonhado com o episódio, o goleiro da equipe, Juan Pretel, pediu desculpas aos brasileiros nesta quinta: “O racismo é repudiável em todos os sentidos. Espero que não volte a acontecer em um estádio, e menos ainda no Peru. Nos perdoem, amigos brasileiros”. A Conmebol disse apenas que está analisando o caso e que condena o racismo, mas ainda não falou em punições.

Publicidade

Faço coro com @dilmabr ao condenar o episódio de racismo envolvendo Tinga, do @_OficialCEC. A FIFA é contra todo ato de discriminação.

– Joseph S Blatter (@SeppBlatter) 13 fevereiro 2014

#TAMOJUNTOTINGA http://t.co/na4IazNbAW

Continua após a publicidade

– Neymar Júnior (@neymarjr) 13 fevereiro 2014

#TAMOJUNTOTINGA http://t.co/na4IazNbAW

Continua após a publicidade

– Neymar Júnior (@neymarjr) 13 fevereiro 2014

Muito triste pelo que aconteceu com meu parceiro @PauloCesarTinga na Libertadores. Incrivel como isso ainda existe no futebol

– Ronaldinho Gaúcho (@10Ronaldinho) 13 fevereiro 2014

Por um mundo sem racismo, sem preconceito e sem desrespeito #SomosIguais #FechadoComOTinga pic.twitter.com/lNcBQompn5

– CBF Futebol (@CBF_Futebol) 13 fevereiro 2014

Todos nós somos iguais aos olhos de Deus! #fechadocomoTinga #somosiguais #noracism http://t.co/Uit1ypyCjb

– David Luiz (@DavidLuiz_4) 13 fevereiro 2014

Racismo na Libertadores?… Me tiraram o prazer da derrota do Cruzeiro. Lamentável!

– Alexandre Kalil (@alexandrekalil) 13 fevereiro 2014

(Com Estadão Conteúdo e agência Gazeta Press)

Continua após a publicidade

Publicidade