Ídolo da Juventus detona Arthur após eliminação: ‘Parece que joga rúgbi’
Por passes sem objetividade, ex-técnico Fabio Capello e ex-lateral Patrice Evra não pouparam o volante brasileiro convocado por Tite para as Eliminatórias
O ex-técnico italiano Fábio Capello e o ex-lateral esquerdo francês Patrice Evra não pouparam críticas ao desempenho do volante Arthur, da Juventus, após a eliminação da equipe para o Villarreal, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões. Em entrevista à emissora Sky Sports, Capello ironizou o meio-campista, recentemente convocado por Tite para a seleção brasileira, o comparando a um jogador de rúgbi, esporte jogado com as mãos em que a bola só pode ser passada para um companheiro da equipe atrás ou na mesma linha do jogador que está com a posse da bola.
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“Ele parece que joga rúgbi”, disse Capello, ex-jogador da Velha Senhora na década de 1970 e treinador do clube entre 2004 e 2006. As críticas ganharam ainda maior repercussão depois de Evra também se pronunciar em um programa da Amazon Prime, lembrando de nomes recentes que atuaram na posição no clube como o italiano Andrea Pirlo, ex-treinador da equipe, e o chileno Arturo Vidal, hoje na Inter de Milão.
“Na minha época, tínhamos Claudio Marchisio, Andrea Pirlo e Arturo Vidal. Hoje é Arthur. Não acho que ele fez um único passe que mudou o jogo, não fez a diferença”, explicou. O ex-defensor atuou pelo clube de Turim entre 2014 e 2017.
Durante a derrota para o time espanhol, por 3 a 0, Arthur foi quem mais passou a bola durante o jogo. Foram 112 tentativas e 105 acertos: 94% de acerto. No entanto, nenhum desses passes gerou uma finalização, o que mantém a tendência do volante nesta Liga dos Campeões. Durante os seis jogos pela Juve, o brasileiro realizou apenas três assistências para chutes. Nenhuma grande chance foi criada.
Treinado por Pirlo durante a passagem do italiano pelo comando técnico da Juventus, o brasileiro nunca agradou o campeão mundial. O ex-meio-campista chegou a expor publicamente a característica do brasileiro: “o jogo dele é muito curto. Ele ainda toca muito na bola enquanto em certas ocasiões pode acelerar. Estamos trabalhando nisso.”
Titular de apenas 15 partidas na temporada, Arthur recebeu chance na seleção brasileira, a menos de um ano da Copa do Mundo do Catar. Cléber Xavier, auxiliar de Tite, explicou a escolha: “Ele tem o controle de jogo, a movimentação com bola, de rodar por trás e conduzir o jogo com muita qualidade, desenvolvendo algumas situações. A continuidade dele na Juventus está crescendo, então achamos que era o momento de trazê-lo, para buscar outro jogador de meio-campo com essa característica.”