GRUPO E – Sérvia: apesar de tradição e bons jogadores, pouca esperança
Presente na primeira Copado Mundo, adversária do Brasil na terceira rodada tem alguns jogadores interessantes, mas conjunto não empolga
Com o histórico herdado da antiga Iugoslávia, a Sérvia somará na Copa do Mundo da Rússia doze presenças em Mundiais. Esteve duas vezes em semifinal, em 1930 e 1962, mas as duas últimas participações foram pífias, sem avançar da primeira fase em 2006 (última colocada) e 2010. Fora do torneio passado, disputado no Brasil, e também da Eurocopa de 2016, os sérvios voltam a uma grande competição após liderar o Grupo D das Eliminatórias Europeias.
Tabela completa de jogos da Copa do Mundo 2018
A vaga veio somente na última rodada, com a vitória sobre a Geórgia com gol de Aleksandar Prijovic, aos 29 minutos do segundo tempo. Um herói improvável. O atacante, que joga no Paok Saloniki, da Grécia, saiu do banco de reservas para marcar seu primeiro gol com a camisa das “águias brancas“. Prijovic nasceu na Suíça e tem ascendência sérvia. Defendeu as seleções dos dois países nas categorias de base (por último a Suíça, no sub-21, em 2011) e ano passado, já com 27 anos, estreou no time principal da Sérvia. Na segunda rodada, dia 22 de junho, vai passar pela experiência de enfrentar seu país natal.
No último jogo do Grupo E, o reencontro será com o Brasil, que a Sérvia derrotou na final do Mundial sub-20, em 2015. Os dois destaques da conquista sobre o time que tinha Gabriel Jesus estarão na Rússia: o meia Milinkovic-Savic, da italiana Lazio, e o atacante Zivkovic, do Benfica. Pouco aproveitados pelo técnico Slavoljub Muslin, demitido após a classificação para a Copa, eles ganharam espaço com o novo treinador, Mladen Krstajic, auxiliar que foi efetivado.
O técnico Krstajic, zagueiro que jogou pela então Sérvia e Montenegro no Mundial de 2006, tem exatamente na defesa seu principal jogador, Branislav Ivanovic. Depois de muitas temporadas de sucesso na Inglaterra, pelo Chelsea, o atleta de 34 anos estará em casa — defende o Zenit de São Petersburgo. As outras referências da equipe são o lateral-esquerdo e capitão Kolarov (da Roma, da Itália), o volante Matic (Manchester United, da Inglaterra) e o meia-atacante Tadic, que também joga em solo britânico, no Southampton.
Sem confrontar adversários de maior tradição, a Sérvia não empolgou nos amistosos. Em março último, perdeu para o Marrocos (2 a 1) e venceu a Nigéria (2 a 0). Em novembro, foi à Ásia: ganhou da China (2 a 0) e empatou com a Coreia do Sul (1 a 1). Preferiu enfrentar equipes de continentes diferentes daqueles que encontrará no Grupo E. Enfim, passar de fase já será uma festa para eles.