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Governo do Rio deve R$ 1,6 milhão a Djokovic

Tenista sérvio recebeu apenas 40% do cachê por jogo disputado contra Gustavo Kuerten. Secretaria Estadual de Esportes informa que a quitação da dívida está na “programação do orçamento”

O tenista sérvio Novak Djokovic tomou um calote do governo do estado do Rio de Janeiro. A equipe do governador Sérgio Cabral ainda deve cerca de 1,6 milhão de reais, ou 60% do cachê total de 1,1 milhão de dólares cobrado pelo atleta. A dívida, assumida em dólares, considera o fechamento da moeda americana nesta quarta-feira, de 2,437 reais. Em 17 de novembro de 2012, quando era o tenista número 1 do mundo, Djokovic veio ao Rio para um jogo de exibição contra Gustavo Kuerten.

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O contrato para a prestação do serviço foi assinado, sem licitação, com a empresa do ex-jogador Dejan Petkovic, a Deki 10, que organizou o evento. Mas o cachê, estipulado em dólares, seria pago pelo governo do estado do Rio diretamente ao tenista sérvio. Até o momento, o governo gastou 1.232.996,92 reais com a remuneração de Djokovic.

Atual técnico da equipe sub-23 do Atlético Paranaense, Petkovic reclamou do calote em entrevista ao canal SporTV. “Tivemos essa oportunidade, e o momento foi muito importante, era muito interessante para o Rio de Janeiro ter um atleta desse nível. Eles confirmaram, foram os principais patrocinadores, e o pagamento seria feito diretamente para o atleta. Não tinha nada a ver com as nossas empresas, então o contrato foi direito. Fizeram o pagamento direto na conta dele no exterior, mas pagaram mais ou menos 40%, 42%, não sei o valor exato. Era para ter sido feito o pagamento inteiro antes de ele vir para o Brasil, mas não foi feito. Agora estamos apenas com muitas promessas, muitas documentações, mas até agora nada”, afirmou Petkovic.

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De acordo com Petkovic, o tenista sérvio jogou sem receber todo o desembolso, porque acreditou nas promessas de que seria remunerado após o evento. Desde então, a Secretaria Estadual de Esportes, responsável pelo pagamento, mudou de gestão. Saiu Márcia Lins, secretária na época da partida, e entrou André Lazaroni em fevereiro de 2013.

Em nota, a Secretaria Estadual de Esportes do Rio informou que a dívida está na “programação do governo”. “O pagamento da dívida restante (cerca de 60% do total) está na programação do Governo do Estado”, informou.

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