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Globo desiste de série sobre o crime cometido pelo goleiro Bruno

Emissora havia comprado os direitos sobre o caso do assassinato de Eliza Samudio, mas cancelou os planos devido à repercussão negativa

A Globo desistiu dos planos de produzir uma série sobre o caso do goleiro Bruno Fernandes, que cumpre pena de 20 anos e nove meses pelo assassinato de Eliza Samudio, ocorrido em 2010. A informação foi dada pela colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, e confirmada por VEJA nesta terça-feira, 10. A emissora, porém, mantém o interesse em produzir séries para o Globoplay sobre crimes de grande repercussão.

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“O que divulgamos foi que existia um projeto em desenvolvimento, que nem escrito estava, e que deveria fazer parte de uma série sobre crimes. Assim como esse projeto, muitos outros em desenvolvimento, depois de avaliados, não são realizados”, informou a comunicação da Globo.

No fim do ano passado, conforme VEJA antecipou, a Rede Globo comprou os direitos do livro Indefensável — O Goleiro Bruno e a História da Morte de Eliza Samudio, da editora Record, com o objetivo de produzir uma série sobre o caso do ex-jogador do Flamengo. A diretora escalada para tocar o projeto era Amora Mautner, que cuidou de Assédio, série sobre o médico Roger Abdelmassih, e atriz Vanessa Giácomo era a favorita para o papel Eliza Samudio.

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A possibilidade revoltou os dois lados da história e até mesmo uma famosa autora da Globo. A defesa do goleiro Bruno considerou a possível série de “extremo mau gosto”, enquanto a mãe de Eliza Samudio disse ao jornal Estado de S. Paulo que não permitiria a exibição do programa. “Em vez de a Globo fazer essa minissérie, por que não faz um programa investigativo para saber, realmente, que destino eles deram para o corpo da Eliza?”, questionou.

A autora de novelas Glória Perez, que em 1992 perdeu sua filha Daniella Perez, assassinada aos 22 anos pelo colega de trabalho Guilherme de Pádua, também tratou o interesse da Globo na história como “piada de mau gosto.” Recentemente a emissora lançou, sem alarde, uma série sobre a morte da vereadora Marielle Franco. 

Bruno cumpriu quase nove dos 20 anos de prisão em regime fechado e, em julho, conquistou o direito de voltar ao regime semiaberto, que autoriza o detento a trabalhar durante o dia. Desde então, acumulou breves e frustradas passagens pelo Boa Esporte e pelo Poços de Caldas. 

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