Fifa vai colaborar com investigação sobre ingressos
Diretor de marketing da entidade nega ligação com empresário detido por venda ilegal de entradas
A Fifa anunciou nesta sexta-feira que colaborará com as autoridades locais na investigação da venda ilegal de ingressos para partidas da Copa do Mundo e assegurou que os culpados serão responsabilizados. O diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, defendeu a entidade ao falar sobre a prisão de 11 pessoas ligadas a um esquema ilegal de revenda de ingressos, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Alguns dos ingressos foram cedidos pela própria Fifa aos patrocinadores, jogadores das seleções participantes e organizações não governamentais.
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Em comunicado, o diretor da Fifa explicou que a entidade analisará os ingressos apreendidos e colaborará com as autoridades para identificar a procedência e a comercialização ilegal. “A Fifa é firme contra qualquer violação das normas de entradas e está muito satisfeita com a grande colaboração das autoridades de segurança no esforço conjunto para acabar com qualquer venda ilegal de ingressos.”
O comunicado da Fifa confirma que o argelino Mahamadou Lamine Fofana, uma das pessoas detidas na operação, “nunca foi credenciado para a Copa do Mundo e nem teria acesso ao carro oficial da Fifa para o Mundial.” A entidade também informou que não fará mais comentários enquanto as investigações estiverem em andamento.
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A operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou grupos que adquiriam ingressos procedentes de diferentes fontes. Além das detenções, a polícia fechou três empresas de turismo acusadas de participação no crime e anunciou que solicitará o bloqueio das contas de todos os envolvidos no esquema. Só no Mundial do Brasil, a quadrilha, que contava com cerca de 30 pessoas, faturava 2 milhões de reais por jogo.
No último dia 23 de junho, a polícia deteve 11 pessoas com 400 ingressos para a partida entre Brasil e Camarões nas imediações do estádio Mané Garrincha, em Brasília. Na ocasião, a operação policial também apreendeu 26 mil reais e 3,7 mil dólares que estavam nas mãos dos criminosos. Segundo a Polícia Civil, entre os detidos em Brasília, havia um polonês, um inglês, dois holandeses e sete brasileiros.
(Com agência EFE)