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EUA julgam Marin e outros cartolas 2 anos após prisões

Dirigentes e entidades são acusados pelo FBI de lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa ao longo das últimas décadas

Os cartolas de futebol envolvidos no escândalo da Fifa, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, serão julgados a partir desta semana nos Estados Unidos por crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa. O julgamento em Nova York acontecerá quase dois anos e meio depois das prisões ocorridas em Zurique, na Suíça, durante evento da entidade em maio de 2015.

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O julgamento de Marin está marcado para 6 de novembro e, segundo a defesa do brasileiro, deve se encerrar dentro de seis a oito semanas. Assim, o caso do ex-presidente da CBF pode terminar no fim de dezembro ou se arrastar até 2018. Marin tenta se livrar da acusação de participar de um “grupo conspiratório”, o equivalente a formação de quadrilha no Código Penal brasileiro, o que poderia agravar a sua pena.

No mesmo dia, ocorrerá a audiência do ex-presidente da Conmebol Juan Ángel Napout e do ex-presidente da Federação Peruana de Futebol (FPF) Manuel Burga, que como Marin, cumprem prisão domiciliar desde 2015. Eles são acusados de solicitar propinas em contratos de direitos de transmissão da Copa América, Copa do Brasil e Libertadores.

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De acordo com fontes envolvidas no processo, as datas dos julgamentos podem sofrer alterações caso apareçam novas provas nos próximos dias ou se os acusados negociarem um acordo de cooperação. Além de Marin, outros dois cartolas brasileiros foram indiciados pela Justiça dos EUA: Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, e o atual líder da entidade, Marco Polo del Nero.

A investigação liderada pelo FBI indiciou 42 entidades e dirigentes do futebol. O serviço de inteligência acredita que os esquemas dos cartolas movimentaram cerca de 200 milhões de dólares (631 milhões de reais pela cotação atual) nos últimos 20 anos.

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Os cartolas da Concacaf, entidade que rege o futebol das Américas do Norte e Central, foram os mais atingidos pelas investigações. Os ex-presidente da organização, Jeffrey Webb, e seu sucessor, Alfredo Hawit, estão entre os indiciados. Além deles, o ex-chefe da Federação de Futebol da Guatemala Brayan Jiménez, e de Honduras, Rafael Callejas, também vão ser julgados.

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Marin segue em prisão domiciliar

O ex-presidente da CBF está em prisão domiciliar em Nova York em seu apartamento localizado na 5.ª Avenida, no arranha-céu Trump Tower, próximo ao Central Park. Ele pode sair de casa até sete vezes por semana, mas o Departamento de Justiça faz o monitoramento eletrônico dos movimentos de Marin por meio de uma tornozeleira.

Ele tem de permanecer dentro de um raio de até duas milhas (o equivalente a três quilômetros) do prédio onde mora e precisa sair acompanhado de um segurança. Nas saídas do Trump Tower também foram instaladas câmeras de vigilância. Todo o custo de monitoramento é pago por Marin.

(com agências Ansa e Estadão Conteúdo)

 

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