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Escutas na Argentina indicam que Corinthians e até Santos de Pelé foram roubados na Libertadores

Telefonemas de Julio Grondona, ex-presidente da AFA, morto no ano passado, evidenciam influência de árbitros em partidas de 2013 e 1964

Publicado por: Da Redação em 22/06/2015 às 10:33 - Atualizado em 29/09/2021 às 19:34
Escutas na Argentina indicam que Corinthians e até Santos de Pelé foram roubados na Libertadores
Atuação de Carlos Amarilla revoltou corintianos em 2013

Na esteira dos escândalos de corrupção no futebol mundial investigados pela Justiça dos Estados Unidos, a emissora de televisão argentina América revelou neste domingo gravações telefônicas que comprometem Julio Grondona (ex-vice-presidente da Fifa e presidente da federação argentina entre 1979 e 2014, o ano de sua morte) e a Conmebol. Nas escutas, Grondona conversa com outros dirigentes locais e fala sobre mudança de horários das partidas e escalação de árbitros. Em um dos trechos, o dirigente argentino fala sobre episódios em que o Corinthians de 2013 e o Santos de 1964 foram prejudicados pela arbitragem na Copa Libertadores.

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Uma das conversas de Grondona aconteceu em 17 de maio de 2013, dois dias depois de o Boca Juniors eliminar o Corinthians nas oitavas de final da Libertadores, em partida marcada por erros de arbitragem do paraguaio Carlos Amarilla contra a equipe brasileira no Pacaembu. Grondona dá a entender que os erros de Amarilla foram acertados com a Conmebol e não com o clube argentino. “Saiu bem, ninguém queria esse louco, mas, no fim, foi o reforço mais importante do Boca no último ano”, disse Grondona no início de sua conversa com Abel Gnecco, diretor da Escola de Árbitros da AFA e representante da AFA no Comitê de Arbitragem da Conmebol.

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Gnecco cita o paraguaio Carlos Alarcón, chefe da arbitragem da Conmebol, que teria exigido a presença de Amarilla nesta partida. “Assim foi, colocou (o Amarilla) e deu tudo certo, porque tem que ser assim…”, diz Gnecco. Naquela partida, Amarilla não deu um pênalti claro e invalidou dois gols do Corinthians. Na sequência, os dirigentes argentinos decidem quem apitaria a partida entre Boca e Newell’s Old Boys, nas quartas de final da Libertadores de 2013. Gnecco disse que Alarcón queria que o árbitro fosse o uruguaio Patrício Loustau, mas Grondona logo o repreendeu. “Lostau não pode apitar”. Os escolhidos foram Mauro Vigliano e Germán Delfino, argentinos previamente citados por Grondona como opções, e o Newell’s avançou nos pênaltis.

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Em outro trecho, Grondona e Gnecco falam sobre “tomar cuidado” com os bandeirinhas das partidas. “Julio, isso eu aprendi com você há mais ou menos quarenta anos”, disse o diretor dos árbitros. Grondona completa citando uma partida do Santos contra o Independiente, nas semifinais da Libertadores: “Em 1964, quando jogamos com o Santos, eu bati o (árbitro) Leo Horn, que era holandês, com os dois bandeirinhas”, disse, entre risos. Na época, Grondrona, então com 33 anos, era presidente do Independiente, que eliminou o Santos com vitórias por 3 a 2 no Brasil e 2 a 1 na Argentina. Pelé, lesionado, não jogou nenhuma das partidas.

https://youtube.com/watch?v=QdD7zHX3I1Y%3Frel%3D0

Como bem lembra um dos apresentadores do programa La Cornisa, as duas partidas entre Santos e Independiente foram apitadas por um inglês chamado Arthur Holland. O holandês Leo Horn, citado por Grondona, apitou, na verdade, a final daquele torneio, vencido pelo Independiente contra o Nacional, do Uruguai. Segundo o próprio jornalista argentino, o Independiente teria vencido o jogo de volta contra o Santos, em Buenos Aires, com dois gols “muito estranhos”. O Independiente é o maior vencedor da Libertadores, com sete conquistas.

Em outras gravações exibidas pela TV América, Grondona fala com seu contador pessoal, Claudio Espósito, sobre como burlar o fisco argentino, e com Alejandro Burzaco, dono da emissora Torneos y Competencias, sobre mudanças no calendário. Burzaco é um dos empresários que deve ser extraditado para os Estados Unidos para responder a diversas acusações de corrupção. Grondona também também era um dos principais envolvidos nos escândalos revelados pelo FBI.

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(da redação)

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