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Em nova decisão, Brasil espera sofrer menos e jogar mais

A batalha contra os chilenos foi a prova de fogo que fez o time amadurecer. Para a comissão técnica, time chega fortalecido para o jogo desta sexta, no Castelão

“Nossos torcedores não esperavam nada diferente. Eles gostariam que colocássemos a eles o que queríamos na Copa. Foi isso o que fizemos. Agora vamos para o quinto passo. São sete”, disse Felipão, ainda assumindo o favoritismo

Pela terceira vez nesta Copa do Mundo, a seleção brasileira desperta para entrar em campo sabendo que uma derrota significa dar adeus à competição. No jogo desta sexta-feira, às 17 horas (de Brasília), contra a Colômbia, no Castelão, a equipe do técnico Luiz Felipe Scolari tentará lidar melhor com o risco de eliminação e absorver melhor a pressão – o que, na avaliação da comissão técnica, ajudará o time a render mais e mostrar um futebol mais próximo do desempenho exibido na Copa das Confederações. A equipe, aliás, deverá ser muito parecida com a que foi campeã no ano passado, com Paulinho ganhando mais uma chance no meio e o suspenso Luiz Gustavo substituído por Fernandinho. Depois de ensaiar diversas variações tanto na escalação como na tática, Felipão revelou na véspera da partida que planejava apostar de novo no esquema que já deu certo. A confirmação, porém, virá apenas algumas horas antes do jogo. De certo, mesmo, existe só a disposição da equipe de rebater as críticas sobre as emoções exacerbadas na batalha contra o Chile.

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Na avaliação da comissão, a prova de fogo no Mineirão foi boa, por ter aumentado a resistência do time, formada por uma maioria de atletas novatos em Copas. Contra os colombianos, Felipão e seus auxiliares esperam ver uma equipe mais fria e focada, mas igualmente aguerrida. Nesta sexta, de novo, é tudo ou nada – mas há grande confiança na comissão técnica sobre a possibilidade de a partida no Castelão servir para a equipe mostrar sua força na hora da verdade, com apenas oito seleções ainda no páreo e apenas três vitórias separando cada uma do título. Passados quatro jogos, com dois empates e apenas duas vitórias, seria a hora de enfim deslanchar e se impor na competição. “Nossa equipe está muito tranquila e motivada para o confronto com a Colômbia. Estamos preparados”, garantiu o capitão Thiago Silva. “Na bola, contra a Colômbia é muito mais difícil que contra o Chile, mas é outro tipo de partida, em que o nosso jogador acaba se sentindo mais à vontade”, apostou Felipão, que se mostrou aliviado por não ter de encarar outra “guerra” como a da semana passada.

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Quinto passo – O técnico disse que o sofrimento da etapa anterior, com a classificação às quartas obtida só nos pênaltis, não implica que o Brasil deixará de lado a responsabilidade de ser o favorito à conquista do título em casa. Depois de afirmar diversas vezes antes do Mundial que o único objetivo era o hexa, Felipão não pretende fugir desse compromisso, assim como seus jogadores. “Eles sabem que estamos numa fase eliminatória, mas temos uma meta ambiciosa. Se não tivéssemos feito dessa forma, dizendo que buscaríamos o título, talvez não tivéssemos recebido essa resposta positiva dos torcedores nos quatro jogos que fizemos até agora. Temos de assumir o que dissemos e ir atrás.” Contra Camarões, ainda na fase de grupos, e Chile, nas oitavas, o Brasil se manteve vivo com muita luta. Antes da terceira decisão, contra a Colômbia, Felipão voltou a dizer que uma eliminação “não seria o fim do mundo e não acabaria com a vida de ninguém”, mas reiterou: “Continuamos insistindo que a meta é buscar vencer até a final�, que é aonde queremos ir na competição”.

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Na véspera do jogo, ao ser questionado sobre as declarações do coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, a dias da estreia, no mês passado, sobre o Brasil estar “com uma mão na taça” por jogar em sua casa, Felipão disse que a posição assumida pelo companheiro de comissão técnica foi “espetacular”, pois mostrou ao público que a seleção não ficaria satisfeita com uma campanha apenas honrosa. “Não podia ser de outra forma e nossos torcedores não esperavam nada diferente. Eles gostariam que colocássemos a eles o que queríamos na Copa. Foi isso o que fizemos. Agora vamos para o quinto passo. São sete.” Segundo Felipão, os jogadores também nem pensam em desviar da missão assumida logo no início. “Ontem perguntei ao Paulinho como as coisas estavam entre eles, e ele me garantiu que não há problema algum com a pressão. Falou que estava ótimo e que estão todos já acostumados.” O volante, aliás, ganhou pontos para voltar ao time justamente pela postura mostrada antes da decisão por pênaltis, quando tomou a iniciativa de motivar e fortalecer os companheiros. Felipão espera que o Brasil tenha esse espírito desde o apito inicial nesta sexta.

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