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Drama em Tóquio: ídolo japonês se despede dos Jogos com tombo

Ginasta Kohei Uchimura, dono de três medalhas de ouro, não escondeu frustração: “acho que depois de hoje não mereço ser chamado de rei”

A torcida japonesa viveu uma grande decepção na madrugada deste sábado, 24, com o fim do “reinado” de Kohei Uchimura, um dos maiores nomes da ginástica masculina em todos os tempos e ídolo do país. Aos 32 anos, ele não conseguiu se classificar para a final de aparelhos dos Jogos de Tóquio e, logo após o tombo, anunciou o fim de sua carreira olímpica, que inclui sete medalhas, sendo três de ouro.

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Uchimura venceu todas as competições que participou durante dois ciclos olímpicos e chegou ao ápice de sua trajetória na Rio-2016, quando faturou o ouro na categoria individual geral. Nos últimos anos, porém, a lenda do esporte nipônico sofreu com uma sequência de lesões que o levaram a reduzir sua participação nos Jogos em casa (decidiu disputar apenas a barra horizontal, para poupar os ombros machucados).

Ao sofrer um tombo na barra, ele terminou sua apresentação neste sábado com nota 13.866 e ficou fora da final. Decepcionado, ele anunciou que não tem planos de chegar aos Jogos de Paris-2024, quando terá 35 anos, e rejeitou a alcunha de rei no país. “Meu desempenho não foi algo realmente aceitável”, disse, de acordo a agência Reuters. “Não acho que depois da apresentação de hoje eu mereça ser chamado de rei. Eu realmente preciso treinar mais antes das Olimpíadas.”

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Ele se despede, portanto, com duas medalhas de ouro no individual em Londres-2012 e Rio-2016, além de outro título por equipe no Brasil, e mais quatro medalhas de prata. A ausência de público no ginásio, em meio à pandemia do novo coronavírus, certamente evitou cenas de choro e profunda tristeza, mas o impediu de receber os merecidos aplausos por sua trajetória.

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