Dirigente sequestra árbitros na Turquia por pênalti não marcado
Trio de arbitragem ficou detido no estádio do Trabzonspor por quatro horas após marcação contestada. Presidente turco teve que intervir
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Se as arbitragens no Brasil vêm sendo bastante contestadas, na Turquia a situação é ainda pior. Segundo relatos da imprensa local, o presidente do clube Trabzonspor sequestrou durante quatro horas o trio de arbitragem que não marcou um pênalti para a sua equipe na última quarta-feira, diante do Gaziantep, em duelo que terminou empatado por 2 a 2.
A torcida e os jogadores do Trabzonspor ficaram revoltados com o árbitro Cagatay Sahan pela não marcação de um pênalti nos acréscimos do segundo tempo. O presidente do clube, Ibrahim Haciosmanoglu, que estava em Istambul, ordenou que Sahan, os três auxiliares e o representante da Federação Turca de Futebol permanecessem retidos no estádio Avni Aker.
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“O árbitro não sai do estádio até que eu chegue”, determinou, enquanto providenciava um jatinho particular, segundo a imprensa turca. Os cinco foram obrigados a permanecer no vestiário até que uma ligação do presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, resolvesse a situação. “Não provoquemos um escândalo ante a Turquia e o resto do mundo”, teria pedido o presidente turco, que ordenou a libertação dos árbitros. Haciosmanoglu, famoso por seu estilo radical, acatou a ordem e os “prisioneiros” puderam deixar o estádio sob escolta policial.
Horas antes, quando os árbitros ainda eram mantidos reféns, Haciomasnoglu deu uma declaração desastrosa ao se queixar da atuação do árbitro em contato com a emissora de TV A Spor. “Se temos que morrer, morreremos como homens, mas nunca viveremos como mulheres”, disse o revoltado dirigente. O ex-árbitro Ahmet Çakar, um dos mais respeitados da Turquia, opinou à mesma emissora que Haciosmanoglu tinha feito “as declarações mais irresponsáveis e mais perigosas da história do futebol”. O caso de sequestro de árbitros será investigado pela federação turca. O Trabzonspor é o nono colocado do campeonato nacional.
(com agência AFP)