Diretor da Match vai devolver credencial à Fifa
Raymond Whelan, acusado pela polícia do Rio de integrar a máfia internacional de cambistas, deve ter prisão pedida nesta quarta-feira
Acusado pela polícia do Rio de atuar num esquema internacional de cambistas, o inglês Raymond Whelan, CEO da agência Match, pretende devolver sua credencial do Mundial à Fifa para se defender das denúncias. Whelan foi preso na segunda-feira e liberado cerca de 13 horas depois, na madrugada de terça-feira, após o pagamento de 5.000 reais de fiança e um habeas corpus do Tribunal de Justiça do Rio. Ele aparece em gravações telefônicas, autorizadas pela Justiça, negociando valores de pacotes de ingressos com o argelino Lamine Fofana, preso na semana passada pela operação Jules Rimet, com outros dez suspeitos.
Na terça-feira, a Match informou que Whelan continuaria trabalhando no Mundial, operando no setor de acomodação. A Fifa também indicou que essa decisão havia sido tomada pela empresa. Nesta quarta, porém, os representantes da Match informaram à agência Estadão Conteúdo que ele vai devolver a credencial para se defender e mostrar que não teria qualquer envolvimento.
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Para a Match, não existe qualquer indício de que a conversa telefônica interceptada pela polícia prove que ele atuou como cambista. Segundo a agência, os ingressos pedidos por Fofana foram fornecidos pelo valor que de fato custam no website, sem qualquer tipo de ágio.
O delegado Fábio Barucke, titular da 18ª DP (Praça da Bandeira), que comanda a investigação, afirmou ter provas suficientes do envolvimento de Whelan com a venda criminosa de ingressos. Para Barucke, Whelan tinha “ciência de que negociava com o maior cambista em atividade no Rio”.
Prisões – Na terça-feira, Barucke informou que pretende concluir nesta quarta-feira a primeira fase do inquérito, com um pedido de prisão preventiva de doze suspeitos e com o indiciamento de todos eles por crimes previstos no Estatuto do Torcedor e por associação criminosa.
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(Com Estadão Conteúdo)