Del Nero defende Marin e culpa gestão de Ricardo Teixeira
Atual presidente da CBF diz que acusações se referem a contratos assinados antes de 2012
O presidente da CBF, Marco Polo del Nero, se disse surpreso com a prisão de seu antecessor José Maria Marin e de mais seis dirigentes ligados à Fifa acusados de corrupção, em investigação feita pela Justiça dos Estados Unidos com o auxílio da polícia suíça. Assim que deixou uma reunião da Conmebol em Zurique, onde acontecerá a eleição presidencial da Fifa nesta sexta-feira, Del Nero falou sobre o escândalo que envolve parceiros da CBF. Ele defendeu Marin e disse que as acusações contra a entidade se referem a contratos firmados antes de 2012, quando Ricardo Teixeira ainda era o presidente.
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“Foram contratos firmados antes da administração do Marin, não tem nenhum contrato firmado depois. Temos que analisar o que aconteceu, como vou saber? Não tenho a menor ideia”, afirmou Del Nero, cercado por jornalistas brasileiros e estrangeiros. O dirigente admitiu que o caso compromete a imagem da CBF. “Lógico que não é uma coisa boa, é péssimo para a entidade. Mas temos que saber o que se passa”.
A CBF foi citada no documento divulgado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por acusações de pagamento de suborno em contratos com a Nike e da Copa do Mundo de 2014 e na comercialização de direitos de mídia e marketing esportivo.
Del Nero confirmou que a eleição à presidência da Fifa – que opõe o suíço Joseph Blatter e o príncipe jordaniano Ali Bin al-Husseina, acontecerá normalmente nesta sexta -, mas não soube dizer se Blatter daria as caras nas reuniões desta quarta-feira. “Não sei, isso é problema dele”.
(da redação)