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Curiosidades e fatos marcantes da Olimpíada de Inverno 2018

Em PyeongChang, uma equipe unificada da Coreia no hóquei feminino fez história. Mas houve espaço para momentos bizarros e bem-humorados

A Olimpíada de Inverno de PyeongChang termina no domingo e além dos resultados e recordes ficará marcada como um evento histórico, em vários sentidos. Foi a edição dos Jogos Olímpicos que uniu a Coreia do Sul e a do Norte, ao menos no desfile de abertura, ou poderá ficar conhecida como a Olimpíada em que a diversidade sexual não ficou presa no armário, com várias manifestações de atletas gays ao longo das disputas. Pode ser aquela também em que um garoto brasileiro descoberto em um projeto social virou atleta olímpico de esportes de inverno ou então a que teve como uma das atrações turísticas um Parque de Pênis!

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Confira abaixo as principais curiosidades e fatos marcantes em quase 20 dias de competição:

A cidade que mudou até o nome

A grafia da cidade de PyeongChang foi mudada para a Olimpíada Chung Sung-Jun/Getty Images

A sede da Olimpíada de Inverno de 2018 mudou sua grafia para receber o evento. A prefeitura de PyeongChang mudou em 2016 o nome da cidade, passando a escrever o “C” em maiúscula. O motivo: evitar que atletas e delegações acabassem viajando por engano para Pyongyang, capital da Coreia do Norte.

Coreias unidas

Abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno Pyeongchang
Atletas levam a bandeira da Coreia Unida durante a cerimônia de abertura da Olimpíada Odd Andersen/AFP

O ponto alto da cerimônia de abertura foi quando a delegação unida da Coreia, com atletas do Sul e do Norte, desfilou lado a lado no Estádio Olímpico de PyeongChang. Todos usavam uniforme branco, enquanto  o atleta de bobsled sul-coreano Won Yun-jong e a jogadora de hóquei no gelo Hwang Chung-gum entraram juntas carregando uma bandeira com o símbolo de um país unificado.

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Pedido para Prêmio Nobel

Coreias jogaram unificadas em partida de hóquei feminino contra a Suíça Grigory Dukor/Reuters

Uma das ações usadas para promover a presença da Coreia do Norte nos jogos foi a criação de uma equipe unificada feminina de hóquei no gelo, com atletas dos dois países. O time perdeu os cinco jogos que disputou, marcou apenas dois gols e sofreu 28. Mas a ideia foi tão elogiada que uma integrante do conselho executivo do COI (Comitê Olímpico Internacional), Angela Ruggiero, disse que vai indicar a equipe ao Prêmio Nobel da Paz.

Com ouro mas sem maquiagem

A checa Ester Ledecka durante coletiva de imprensa, em PyeongChang Pavel Lebeda/Reuters

A atleta Ester Ledecka, da República Checa, não acreditou quando ficou com a medalha de ouro da prova do super G do esqui alpino por apenas um centésimo de segundo. Mas surpreendeu mesmo ao comparecer à entrevista após receber a medalha com os óculos usados para competir. “Eu não estava preparada, não esperava estar na cerimônia. Não estou usando maquiagem”, disse Ledecka.

Doping até no curling

O atleta russo Alexander Krushelnitsky, durante partida de curling, nos Jogos Olímpicos de Inverno em Pyeongchang, na Coreia do Sul - 13/02/2018
O atleta russo Alexander Krushelnitsky, durante partida de duplas mistas no curling Valery Sharifulin/TASS/Getty Images

A Rússia foi banida da Olimpíada de Inverno como punição do COI pelo envolvimento de autoridades esportivas no esquema sistemático de doping. Ainda assim, quem tinha a “ficha limpa”, sem histórico de casos positivos, foi autorizado a disputar os Jogos sob bandeira neutra e representando a equipe OAR (Atletas Olímpicos da Rússia, na sigla em inglês). Mas, ainda assim, teve um caso de doping. E em um esporte totalmente inesperado. O  curling teve um atleta russo, Alexander Krushelnitsky, das duplas mistas, flagrado usando meldonium. Ele e a mulher, Anastasia Bryzgalova, perderam a medalha de bronze.

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Beijo gay ao vivo na TV

O esquiador americano Gus Kenworthy, 12º colocado na prova do slopestyle do esqui estilo livre, virou manchete ao beijar seu namorado Matt Wilkas, durante uma transmissão da rede americana NBC. “Não percebi que esse momento estava sendo filmado, mas estou muito feliz que tenha sido. Na minha infância, nunca sonhei que poderia ver um beijo gay numa Olimpíada. Amor é amor”, dise Kenworthy em seu perfil no Instagram.

A Olimpíada mais gelada

Voluntário se protegem do frio durante os Jogos de PyeongChang Carl Court/Getty Images

Desde a cerimônia de abertura, realizada sob uma temperatura de -4°C, mas com sensação térmica de -10°C, os Jogos de PyeongChang foram muito gelados. Segundo o comitê organizador, esta é a Olimpíada mais fria nos últimos 20 anos, registrando marcas abaixo de zero grau mesmo durante o dia.

Traída pelo decote

Guillaume Cizeron e Gabriella Papadakis
A francesa Gabriella Papadakis teve parte do seio exposto em sua apresentação com Guillaume Cizeron na competição da dança no gelo Lucy Nicholson/Reuters

A patinadora francesa Gabriella Papadakis mal havia iniciado sua apresentação ao lado de Guillaume Cizeron, na prova da dança no gelo da patinação artística, até que percebeu um “pequeno” problema: o decote de seu traje deixou parte do seio esquerdo à mostra por alguns instantes, o que custou perda de pontos à dupla, decisivos na definição da medalha: a de ouro ficou com os canadenses Tessa Virtue e Scott Moir. A dupla francesa ficou com a prata.

Treino alternativo

Em sua preparação para a prova do slopestyle, do esqui estilo livre (na qual terminou na 7ª posição), o suíço Andri Ragettli, de 19 anos, utilizou o parkour, um dos esportes radicais que mais fazem sucesso na nova geração, como parte de seu treino, ainda no ano passado. Foi tão inusitado que até a página oficial da Olimpíada no Facebook reproduziu o vídeo.

 

Escada para que?

O suíço Fabian Boesch, atleta do esqui estilo livre, ganhou destaque nas redes por um “treino” bizarro. Na prova do slopestyle, ficou somente em 24º lugar. Mas ninguém conseguiu superá-lo na maneira radical em subir de um andar ao outro, usando apenas o corrimão da escada rolante.


Norovírus assusta a Olimpíada

Poucos dias antes da abertura, o comitê organizador dos Jogos ficou apavorado por causa de uma ameaça de epidemia de norovírus. Mais de 200 casos foram confirmados, especialmente na área de segurança. Até mesmo alguns atletas acabaram contaminados.

O ativista gay que rejeitou o vice-presidente dos EUA

O patinador americano Adam Rippon, que desafiou o vice-presidente Mike Pence Marianna Massey/Getty Images

Primeiro atleta declaradamente gay a defender os Estados Unidos numa Olimpíada de Inverno, o patinador artístico Adam Rippon, medalha de bronze por equipes em PyeongChang, virou notícia ao fazer declarações contrárias ao vice-presidente americano Mike Pence, chefe da delegação na Coreia do Sul. Rippon negou-se a participar de um encontro com Pence, que tem histórico de ataques contra a comunidade LGBTQ.

Dança ao som de Beatles

Dupla de patinação artística norte-coreana Ryom Tae Ok e Kim Ju Sik em ação em Pyeongchang Damir Sagolj/Reuters

Únicos atletas da Coreia do Norte classificados antecipadamente para a Olimpíada, a dupla Ryom Tae Ok e Kim Ju Sik, da patinação artística, conquistou a simpatia da torcida sul-coreana, que vibrou com o 13º lugar na competição de pares. Na fase de classificação, mostraram que a boa música não tem rejeição ideológica no regime do ditador Kim Jong-un, ao utilizarem A Day in The Life, dos Beatles.

A volta do “besuntado de Tonga”

O atleta de Tonga Pita Taufatofua
O atleta Pita Taufatofua conduz a bandeira de Tonga na cerimônia de abertura Jamie Squire/Getty Images

Depois de surpreender na abertura da Olimpíada Rio-2016, ao desfilar sem camisa e com o corpo besuntado de óleo, Pita Taufatofua desta vez teve missão mais difícil em PyeongChang: desafiou um frio de -3°C usando apenas uma saia típica do país. Ele disputou na prova do esqui cross-country estilo livre, terminando nas últimas posições.

As calças da equipe do curling da Noruega

As coloridas calças da equipe de curling da Noruega Dean Mouhtaropoulos/Getty Images

Assim como em Sochi-2014, a equipe masculina de curling da Noruega foi destaque nos Jogos da Coreia do Sul. Eles usaram 12 modelos diferentes de calças coloridas e estampadas. Mas não deram muita sorte: foram eliminados.

Atração turística fálica

Penis Park em Samcheok na Coreia do Sul
O “Penis Park” fica localizado a cerca de 60 km de Pyeongchang Ed Jones/AFP

Os turistas que visitaram PyeongChang tinham uma atração diferente em Samcheok, a 60 km da sede dos Jogos: o Penis Park, um parque onde o astro é o órgão sexual masculino. O local tem cerca de 50 esculturas de pênis gigantes, esculpidas em diferentes materiais.

Hóquei no gelo: tradição das brigas

Atletas dos Estados Unidos e Canadá brigam em jogo do hóquei feminino no gelo na Olimpíada David W. Cerny/Reuters

Se tem jogo de hóquei no gelo, quase sempre haverá também um episódio de confusão entre os atletas. Em PyeongChang, no último sábado, a equipe da OAR (Atletas Olímpicos da Rússia) derrotou os Estados Unidos por 4 a 0, mas a partida foi marcada por uma briga entre vários jogadores ao final do segundo período. Até no torneio feminino o clima esquentou, com um desentendimento entre jogadoras dos Estados Unidos e Canadá ao final do jogo.

Vôlei de ‘praia na neve’

A FIVB promoveu uma exibição de vôlei na neve em PyeongChang Kim Hong-Ji/Reuters

De olho em conquistar um lugar no programa esportivo da Olimpíada de Inverno, a FIVB (Federação Internacional de Vôlei) realizou uma exibição de vôlei na neve, modalidade que existe há dez anos e tem na Europa até um calendário de torneios. É a versão gelada do vôlei de praia, sucesso nos Jogos de Verão. Os brasileiros Giba e Emanuel participaram da exibição.

A musa dos Jogos

A atleta russa de curling Anastasia Bryzgalova Ronald Martinez/Getty Images

Apesar da frustração de perder a medalha de bronze nas duplas mistas do curling, graças ao doping de seu marido, Alexander Krushelnitsky, a russa Anastaisa Bryzgalova teve sua beleza comparada, nas redes sociais, à de atrizes como Angelina Jolie e Megan Fox.

 

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