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Coronavírus: Superliga feminina de vôlei é cancelada e não terá campeão

Entraves financeiros e de calendário levaram clubes a abrir mão da temporada, em meio à pandemia do Covid-19. Torneio masculino segue paralisado por um mês

A Confederação Brasileira de Vôlei determinou nesta quinta-feira, 19, o cancelamento da Superliga Feminina devido à pandemia de coronavírus que paralisou o torneio. A decisão foi tomada após reunião virtual com os clubes participantes, cuja maioria concordou que não haveria tempo hábil para terminar a edição 2019/2020. Com a decisão, a liga brasileira não terá um campeão definido em 2020.

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Pouco depois, houve a reunião das equipes da Superliga masculina. Esperava-se que a votação também terminassem em cancelamento, mas os clubes concordaram em adiar a definição em um mês. O campeonato, portanto, segue apenas suspenso, faltando uma rodada para o fim da primeira fase.

A Superliga feminina, por sua vez, foi interrompida às vésperas do início das quartas de final. O cancelamento foi decidido por questões financeiras: a grande maioria das atletas tem contrato apenas até maio, quando terminaria o torneio em condições normais. As equipes, portanto, não teriam como arcar como cerca de dois meses de paralisação e depois renovar contratos. A indefinição sobre a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em agosto, é outro entrave no calendário.

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Apesar de ficar decidido que não haverá entrega de taças, a classificação final da primeira fase feminina será levada em conta para efeitos estatísticos e classificação para outros torneios, com o Praia na liderança, seguido por Sesc e Minas. No masculino, o Tabuaté liderava, à frente do Cruzeiro. Esta será a primeira vez desde a organização do primeiro campeonato nacional de vôlei, em 1976, que não haverá um time campeão.

A CBV confirmou o cancelamento e também o fim do ranking da Superliga Feminina na nota abaixo:

Dando sequência a série de quatro reuniões agendadas com os clubes da Superliga Banco do Brasil e Superliga B, na manhã desta quinta-feira (19.03) a entidade se reuniu, através de videoconferência, com os participantes da Superliga Banco do Brasil feminina e decidiram, por meio de votação, que a competição está finalizada em virtude do coronavírus (COVID-19). Seis clubes e a Comissão de Atletas votaram pelo fim do campeonato, contra dois votos contrários. Neste caso, não há campeão e a classificação final respeita a de momento.

Outros dois assuntos foram debatidos na reunião desta quinta-feira. E também por votação, ficou definido que a Superliga Banco do Brasil 2020/2021 não terá ranking (sete votos contra quatro), e, ainda, que os clubes terão a possibilidade de contratar até três estrangeiras (seis votos contra cinco) – neste caso, os dois clubes que não estavam classificados para o playoff também têm direito a votação, diferente da decisão pelo fim do campeonato, já que Flamengo e Pinheiros não estariam mais na disputa.

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Após o fim da reunião, a temporada 2019/2020 termina desta forma: Dentil/Praia Clube (MG), Sesc RJ, Itambé/Minas (MG), Sesi Vôlei Bauru (SP), Osasco Audax São Cristóvão Saúde (SP), São Paulo/Barueri (SP), Fluminense (RJ), Curitiba (PR), Pinheiros (SP), Flamengo (RJ), Valinhos Vôlei (SP) e São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP).

A CBV, que conta com um comitê de crise composto por área técnica, médica e jurídica, entre outros, apresentou a proposta pela conclusão do campeonato, já que a preocupação da entidade com a saúde está acima de qualquer outra questão. Após a decisão, então, a entidade recomendou que todos os clubes liberem suas atletas de treinamento e que as mesmas permaneçam em casa, seguindo as recomendações das autoridades da saúde.

“Mais uma vez colocamos nossa opinião, pelo fim do campeonato visando o bem de todos os envolvidos, e demos direto de voto aos clubes. A maioria demonstrou pensar como a CBV e está decretado o fim desta temporada. Em relação a decisão pelo ranking e pelas estrangeiras, houve um equilíbrio maior na votação, mas também está tudo definido. Sentimos muito por ver a Superliga Banco do Brasil terminar dessa forma, mas sabemos que é absolutamente necessário”, declarou o Superintendente de Competições Quadra da CBV, Renato D´Avila.

A última das quatro reuniões virtuais será realizada ainda nesta quinta-feira, com os clubes participantes da Superliga Banco do Brasil masculina.

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VOTAÇÃO DOS CLUBES E COMISSÃO DE ATLETAS

Futuro da Superliga Banco do Brasil 19/20 (7 a 2)

Dentil/Praia Clube – Encerrar a temporada

Sesc RJ – Encerrar a temporada

Itambé/Minas – Aguardar para nova definição

Sesi Vôlei Bauru – Aguardar para nova definição

Osasco Audax São Cristóvão Saúde – Encerrar a temporada

São Paulo/Barueri – Encerrar a temporada

Fluminense – Encerrar a temporada

Curitiba – Encerrar a temporada

Comissão de Atletas – Encerrar a temporada”

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