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Corinthians vai do céu ao inferno: a briga agora é para não cair

Após perder a final da Copa do Brasil, time de Jair Ventura precisará se recuperar no Brasileirão para evitar vexame no fim do ano

Quando Jair Ventura assumiu o Corinthians há pouco mais de um mês, ganhar um título ainda em 2018 era algo quase inimaginável. No entanto, a inesperada classificação sobre o Flamengo na semifinal da Copa do Brasil deu uma chance de ouro ao técnico. O foco, então, passou a ser a decisão e, simultaneamente, a equipe caiu para a 11ª posição do Campeonato Brasileiro, a apenas quatro pontos da zona do rebaixamento. O título não veio e Jair colocou ainda mais pressão em si mesmo ao optar por uma escalação surpreendente (Emerson Sheik e Jonathas no ataque) que não deu resultado diante do Cruzeiro na noite desta quarta-feira. Agora, só resta uma saída a Jair Ventura: livrar logo o time do perigo do rebaixamento e pensar em 2019 com calma.

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Apesar de ter levado o Corinthians à final da Copa do Brasil, os números de Jair Ventura são piores do que os do treinador anterior, Osmar Loss. Em 10 jogos desde que assumiu, são apenas duas vitórias e três empates: um aproveitamento de exatos 30%. Loss ficou 25 jogos no cargo e conquistou 46,7% dos pontos. Jair, porém, minimizou a pressão que irá enfrentar.

“Não fomos do céu ao inferno hoje. Se ganhasse o título da Copa do Brasil e perdesse domingo pelo Brasileiro, iria ao inferno de novo. Isso acontece sempre no futebol. Eu passo isso que eu nasci”, desabafou, em coletiva de imprensa após a derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro. O técnico é filho do ex-jogador da seleção brasileira Jairzinho,  campeão da Copa do Mundo de 1970.

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O maior problema da equipe segue sendo o ataque. O trio escalado na final da Copa do Brasil não marca um gol há meses. Romero, o que tem o menor jejum, foi às redes no dia 1° de agosto, na vitória por 1 a 0 contra a Chapecoense. Jonathas fez só um gol com a camisa do clube, em julho, na derrota para o São Paulo, e o quarentão Emerson Sheik comemorou pela última vez no dia 14 de março, contra o Deportivo Lara, na primeira fase da Libertadores. Para piorar, antes do gol de Jadson nesta quarta, o Corinthians ficou quatro jogos sem marcar, algo inédito em 2018.

Nesta quarta, Jair escalou os três sem nem sequer ter testado a formação em treinamentos e disse que saberia “aceitar as críticas”. “Só tínhamos um camisa nove (Jonathas). Infelizmente, ele não fez uma boa partida (…) O Emerson não iria aguentar os 90 minutos. O colocamos porque eles não tinham o Egídio e ele foi muito bem.”

As escolhas foram defendidas pelo presidente Andrés Sanchez, que fez questão de comparecer à coletiva para respaldar Jair. “O time joga há quatro meses de quarta e domingo (…) Tivemos de queimar etapas para escalar jogadores.”

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Se não quiser repetir a campanha de 2007 e cair para a segunda divisão, o Corinthians precisa reagir rápido e já tem um compromisso fundamental no próximo domingo. Enfrenta o Vitória, em Salvador, às 16h. O time baiano é o primeiro fora da zona de rebaixamento e está apenas três pontos atrás dos paulistas.

“Essa derrota vai doer por um tempo, mas temos de levantar a cabeça rápido”, afirmou o capitão Cássio, que perdeu sua primeira final pelo Corinthians e também desperdiçou a chance de se tornar o atleta com mais títulos pelo clube, com nove troféus. Ele recebeu o troféu de melhor goleiro da Copa do Brasil.

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