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Comitê Paralímpico quer ficar em 5º no quadro de medalhas em 2016

Em Londres, Brasil terminou na sétima posição, com 21 medalhas de ouro

Muitos torcedores se surpreenderam quando o Comitê Olímpico Brasileiro anunciou que o país pretende terminar entre os dez maiores medalhistas nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016 – o Brasil foi apenas o 22º em Londres. Mas para os atletas paralímpicos as metas são ainda mais ambiciosas. De acordo com Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro e vice-presidente do Comitê Paralímpico Internacional, o Brasil quer saltar do sétimo lugar de 2012 para, pelo menos, a quinta colocação no Rio. Tudo isso sem praticamente nenhum apoio da iniciativa privada.

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Brasil nas Paralimpíadas

Atlanta-1996:

37º lugar (2 ouros, 6 pratas e 13 bronzes)

Sydney-2000:

24º lugar (6 ouros, 10 pratas e 6 bronzes)

Atenas-2004:

14º lugar (14 ouros, 12 pratas, 7 bronzes)

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Pequim-2008:

9º lugar (16 ouros, 14 pratas, 17 bronzes)

Londres-2012:

7º lugar (21 ouros, 14 pratas, 8 bronzes)

Em Londres, o Brasil terminou com 43 medalhas, 21 de ouro, uma evolução significativa para quem terminou na 37ª colocação nos Jogos de Atlanta-1996, um ano depois da fundação do CPB. Segundo Parsons, a equipe brasileira vem trabalhando forte desde o início do ciclo olímpico e no ano que vem será inaugurado um moderno centro de treinamento paralímpico, em São Paulo. “Buscamos como referência os CTs das maiores potências olímpicas e teremos um verdadeiro centro de excelência.” As instalações, no parque Fontes do Ipiranga, na zona sul da capital paulista, atenderão 14 modalidades e foram construídas com recursos dos governos federal e estadual.

O presidente do CPB citou os ótimos resultados recentes do Brasil nas provas de bocha, futebol de 5, canoagem, ciclismo, remo, judô e natação para reafirmar seu otimismo. Ele listou os nomes de Verônica Hipólito (atletismo), Caio Ribeiro (canoagem), Alex Pires (atletismo) Yeltsin Jacques (atletismo), Roberto Alcade (natação), Talisson Glock (natação), Marcelo Collet (triatlo), Tamara Oliveira (canoagem) e Fernando Fernandes (canoagem) como grandes esperanças de medalha. Ele apontou ainda o remo, o tiro esportivo, o triatlo e o voleibol sentado como apostas para 2016. “São modalidades em que não temos tanta tradição, mas trabalhamos forte pelo desenvolvimento destes atletas e já vimos resultados nos últimos campeonatos.”

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Parsons vê o esporte paralímpico brasileiro em plena ascensão e acredita que o bom desempenho dos atletas serviu para diminuir o preconceito. “Depois de Atenas-2004, quando os Jogos passaram a ser transmitidos na TV, vimos até deficiente como protagonista de novela. O esporte mudou a percepção das pessoas. Estamos em um momento de evolução, não é o ideal, mas estamos no caminho e os Jogos de 2016 terão um efeito catalisador.”

Parsons foi direto ao apontar o ponto fraco do esporte paralímpico brasileiro. “O que mais preocupa é a falta de investimento da iniciativa privada, pois 99,9% do investimento vêm de iniciativas públicas. Já temos conversas com algumas empresas e temos certeza que os Jogos vão mudar isso, mas ainda dependemos quase exclusivamente do governo.” O CPB recebeu 102 milhões de reais em investimentos para 2014, grande parte proveniente da Lei Agnelo/Piva de apoio ao esporte.

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