Com impasse sobre desfibrilador, Eriksen deve deixar a Inter de Milão
Liga italiana proíbe o uso do aparelho implantado no meia dinamarquês que sofreu uma parada cardíaca durante a última Eurocopa
O meia dinamarquês Christian Eriksen, vítima de uma parada cardíaca durante partida da Euro 2020, não poderá jogar o Campeonato Italiano. Atualmente, a federação italiana proíbe que atletas que tenham um cardioversor desfibrilador implantável (CDI), um tipo de marca-passo, atuem em suas ligas. Por isso, o jogador da Inter de Milão deve buscar um novo clube para poder voltar aos campos.
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A regra que impossibilita a continuidade de Eriksen na Itália é uma medida rígida implementada no país após a morte do zagueiro Davide Astori, da Fiorentina, em 2018, em um caso que chocou o país. Segundo o diário italiano Corrierre dello Sport, o destino do meia dinamarquês de 29 anos deve ser o Ajax, clube que o formou. A Holanda permite o uso do aparelho.
Eriksen recebe 7,5 milhões de euros (50 milhões de reais) anuais, de modo que sua saída aliviaria a folha da Inter, atual campeão italiana. Pelo clube nerazzuro, ele fez 60 jogos com apenas oito gols e três assistências. Pela Dinamarca, o jogador tem 109 partidas, 36 gols e 25 assistências e é a referência da equipe desde que passou a atuar pela seleção.
Eriksen não entra em campo desde 12 de junho, dia em que sofreu parada cardíaca, em jogo contra a Finlândia, pela primeira rodada da Eurocopa. Na ocasião, ele foi reanimado pelos médicos, que entraram rapidamente no gramado. Desde então, o meia ainda mora em Milão e recebe cuidados do departamento médico da Inter, que recebe uma compensação financeira da Fifa por um seguro sobre jogadores que sofreram com problemas de saúde.
Na última semana, um caso semelhante ocorreu na Espanha: o atacante Sergio Aguero, do Barcelona, sentiu uma arritmia cardíaca. Em bateria de exames, o problema foi detectado e o argentino ficará três meses afastado dos gramados.