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Cinco momentos que comprovam a maestria de Júnior

Para comemorar os 66 anos do ídolo do Flamengo e da seleção brasileira, completados nesta segunda, PLACAR relembra grandes lances de sua premiada carreira

Leovegildo Júnior, ídolo eterno da torcida do Flamengo e da seleção brasileira completa 66 anos nesta segunda-feira, 29 de junho. O craque polivalente nascido em João Pessoa, na Paraíba, ostenta uma invejável galeria de troféus conquistados durante os quase 20 anos anos de carreira profissional – na estante, estão os títulos da Libertadores, Mundial de Clubes e quatro Campeonatos Brasileiros, além de uma série de prêmios individuais, como as Bolas de Prata e de Ouro da PLACAR. Para comemorar seu aniversário, a mais tradicional publicação esportiva do país selecionou cinco momentos que justificam o apelido de Maestro que Júnior carrega até hoje (agora, em sua carreira como comentarista televisivo).

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1. Gol contra a Argentina na Copa de 1982

Diego Armando Maradona nada pôde fazer diante das estrelas do Brasil na segunda fase da Copa do Mundo de 1982. No dia 2 de julho daquele ano, a torcida de Barcelona viu o baile dos brasileiros, que saíram na frente com gols de Zico e Serginho. Dentre os destaques daquele jogo estava o lateral-esquerdo Júnior, que apoiava constantemente o poderoso ataque da seleção – e foi assim que marcou o terceiro gol da partida. O entrosamento de Flamengo se fez presente, quando Zico deu um passe magistral para Júnior, furando a defesa argentina. O “Capacete” apareceu sozinho na área e bateu cruzado, com direito à samba na comemoração, garantindo a eliminação do maior rival. As boas atuações lhe renderam o prêmio de melhor lateral-esquerdo do torneio, apesar da eliminação precoce nas quartas de final contra a Itália.

Valdir Peres
Time posado do Brasil: em pé, Valdir Peres, Oscar, Leandro, Falcão, Luisinho e Júnior; agachados, Dirceu, Sócrates, Serginho, Zico e Éder, durante jogo contra a União Soviética, pela Copa do Mundo de Futebol, no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán PEDRO MARTINELLI/Placar/Dedoc

2. Protagonista em diversas posições

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Júnior subiu para o profissional do Flamengo na lateral-direita, onde conquistou a titularidade até a chegada de Toninho, em 1976. O técnico Cláudio Coutinho, então, improvisou Júnior na lateral-esquerda, onde ele se tornaria o Maestro. Foram anos de treino de cruzamentos e cobranças com a perna esquerda até Júnior se tornar um dos maiores jogadores da posição. Ele ainda atuaria pelo Flamengo como volante e meia na reta final de sua carreira, pela falta de explosão para continuar jogando nas laterais. Júnior não teve problema de adaptação e continuou letal ao guiar o meio campo rubro-negro e conquistar mais títulos como veterano e capitão.

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Júnior, já de cabelos grisalhos, um autêntico camisa 10 no final de carreira Ricardo Correa/Placar

3. Aos 38 anos, deixou Renato Gaúcho no chão

O título brasileiro de 1992 pode ser colocado na conta de Júnior. O capitão foi o líder que o clube precisava para deixar grandes adversários pelo caminho. A final contra o Botafogo consagrou o último ano de Júnior em alto nível, o penúltimo de sua carreira. O maestro, aos 38 anos, abriu o placar no jogo de ida, com vitória rubro-negra por 3 a 0, e também na volta, em uma cobrança de falta magistral no empate em 2 a 2. A superioridade do Flamengo na final também ficou marcada por uma sequência de driblse de Júnior no meio de campo, deixando Renato Gaúcho, o craque do Botafogo, duas vezes no chão. (Clique aqui e assista ao lance)

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Junior, do Flamengo, e Renato Gaúcho, do Botafogo, no primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro de 1992, no Estádio do Maracanã. Ricardo Correa/Placar

4. O mais experiente vencedor da Bola de Ouro

O talento e versatilidade foram alguns dos responsáveis pela longa carreira de Júnior no futebol. Longevidade costuma não caminhar junto de bons desempenhos, mas o maestro é um caso à parte. Em 1992, o então meia liderou o Flamengo na conquista do Campeonato Brasileiro. Aos 38 anos, o capitão ergueu a taça de campeão brasileiro e se tornou o jogador mais velho a conquistar as Bolas de Prata (dada ao melhor jogador de cada posição) e de Ouro (o melhor do campeonato) da PLACAR. Ele já havia conquistado a bola prateada nos anos de 1980, 1983, 1984 e 1991.

Capa da revista Placar, edição 1074, de Agosto de 1992. Divulgação/Placar

5. Também foi craque na areia e se arriscou no samba

//Divulgação

A “sambadinha” com a qual comemorou seu gol na Copa de 1982 não eram à toa. Às vésperas do Mundial da Espanha, Júnior mostrou seu talento na música quando lançou um disco, com participação de jogadores, de músicas sobre a seleção brasileira. O principal sucesso era a música “Povo feliz”, conhecida popularmente como “Voa, canarinho”, que embarcou no sucesso daquela seleção e virou o hino brasileiro na Copa. Foram mais de 600 000 cópias vendidas na época. No ritmo do samba, Júnior também ajudou a popularizar o futebol de areia nos anos 90 e construir a hegemonia do Brasil na modalidade. O maestro conquistou cinco títulos mundiais consecutivos pela seleção brasileira e até hoje é considerado por muitos como o melhor jogador da história do futebol de areia.

Junior também atuou pelo Futebol de Areia vestindo a camisa da seleção Lance!/Reprodução
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