Ceni não sabe quando se aposenta: ‘Não quero ficar por marketing’
Goleiro de 42 anos pensa em adiar aposentadoria de novo, mas diz que decisão depende do novo treinador, o colombiano Juan Carlos Osorio
O goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, segue fazendo mistério sobre a data de sua aposentadoria – uma discussão que se arrasta há anos. Logo depois da vitória de sua equipe por 3 a 2 sobre o Santos (com direito a um gol e uma falha de Ceni), nesta quarta-feira, ele disse que ainda conversará com o novo treinador, o colombiano Juan Carlos Osorio, para decidir se renovará o seu contrato, que se encerra em 6 agosto. O atleta de 42 anos ainda criticou a proposta da diretoria do clube de associar a sua possível permanência a ações de marketing.
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“Até julho fico com certeza, mas até o final do ano vamos conversar. É importante o aval do treinador e o principal é que ele queira que eu fique. Quero ficar pelas minhas qualidades, não por marketing. Tenho 42 anos e trabalho, não estou aqui para marketing”, afirmou, ao deixar o gramado do Morumbi. No começo desta semana, o presidente do clube, Carlos Miguel Aidar, afirmou que a renovação com o goleiro estava relacionada ao programa de sócio-torcedor, pois um aumento do número de adesões ajudaria a bancar a permanência dele.
Em entrevista à ESPN Brasil na segunda-feira, Aidar disse que as propostas incluíam até refeições ao lado do ídolo – o que desagradou o goleiro. “Esse negócio de jantar, almoçar… As pessoas perdem a noção, se equivocam com as coisas. Não tenho tempo de almoçar nem com meus filhos”, disse Ceni. Na saída do Morumbi, Aidar baixou o tom: “Ele tem uma história muito marcante no São Paulo e é importante valorizar o Rogério nesses últimos jogos. Vamos sentar e conversar mais um pouco.”
Segundo os dirigentes, haverá uma “megadespedida” para Rogério. A promessa, no entanto, já foi feita várias vezes. Como Rogério Ceni dava a entender que não prolongaria seu contrato em dezembro de 2014, o clube chegou a anunciar uma despedida grandiosa, que seria disputada contra veteranos de Milan ou Liverpool, equipes derrotadas pelo São Paulo nos últimos títulos mundiais. Em 2013, Rogério também adiou sua aposentadoria ao final do Brasileirão.
(Da redação)