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Celsinho marca pelo Londrina e comemora com gesto antirracista

Jogador fez o segundo gol dos paranaenses na partida contra o Coritiba e se manifestou novamente contra as três injúrias raciais que sofreu nesta temporada

Vítima de racismo na partida entre Londrina e Brusque, no último sábado, 28, pela Série B do Campeonato Brasileiro, o meio-campista Celsinho voltou a se manifestar sobre o assunto na derrota por 3 a 2 do Londrina para o Coritiba, no estádio do Café, válida pela 22ª rodada da competição. Após marcar o segundo gol, o jogador se ajoelhou e levantou o braço durante a comemoração. O gesto foi acompanhado por alguns dos atletas da equipe.

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“A comemoração é de fato em cima daquilo que eu venho batendo a semana inteira, para que esses criminosos sejam punidos de forma severa”, disse o jogador após a partida

O ato ficou famoso em 2016 quando o quarterback da NFL, Colin Kaepernick, se ajoelhou em protesto ao hino dos Estados Unidos como um ato de solidariedade pelo assassinato de George Floyd, morto em 25 de maio de 2020, após abordagem policial excessiva. A cena de um policial branco com o joelho sobre o pescoço, provocando sufocamento, apesar de seguidos alertas de que não poderia respirar, foi registrada por um cinegrafista amador.

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Antes do jogo, os dois times já haviam feito o mesmo gesto, permanecendo com o punho levantado. O Londrina ainda entrou com uma faixa com os dizeres: “Racismo não! O Londrina Esporte Clube repudia todo e qualquer ato de racismo! Essa luta é nossa!”.

Em entrevista exclusiva a PLACAR, o meia afirmou que de entrar com ações nas esferas criminal, cível e desportiva sobre o que ocorreu na partida contra o Brusque. A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) está analisando como será feita a denúncia.

A denúncia do jogador foi registrada na súmula pelo árbitro da partida, Fábio Augusto Santos Sá Junior. Segundo o texto, um integrante do clube disse a Celsinho: “vai cortar esse cabelo seu cachopa de abelha”.

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A primeira manifestação oficial do Brusque negou qualquer tipo de racismo e ainda mencionou que “o jogador é conhecido por se envolver neste tipo de episódio”, explicando que ainda tomaria medidas cabíveis contra o próprio atleta.

Na segunda-feira, 30, o os catarinenses publicara uma carta reconhecendo o erro do conteúdo anterior, viralizado e alvo de severas críticas nas redes sociais. O clube diz que “tomará medidas cabíveis” para apurar os fatos.

Esse não foi o primeiro episódio relatado por Celsinho durante a disputa da Série B. Três profissionais de rádio, dois deles da Rádio Bandeirantes de Goiânia, e um da Rádio Clube do Pará, também usaram falas racistas como: “cabelo pesado”, “bandeira de feijão”, “negócio imundo” e “cabelo de ninho de cupim” para se referir ao jogador. Todos pediram desculpas e foram afastados pelas empresas.

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