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Carlo Ancelotti: o Senhor Champions League

Calmo, experiente, motivador, detalhista e bom de papo: o método Ancelotti para fazer do Real Madrid uma equipe imortal e ele um técnico recordista

Nenhum outro técnico ganhou mais títulos da Liga dos Campeões do que o italiano Carlo Ancelotti. Depois da vitória do seu Real Madrid sobre o Liverpool, por 1 a 0, no Stade de France, Ancelotti comemorou sua quarta conquista. Havia ganho dois títulos com o Milan (2003 e 2007),e ,agora, tem dois com o Real Madrid (o primeiro título foi em 2014). Ou seja, mais do que Pep Guardiola, ou Giovanni Trappatoni, ou, ainda Alex Fergunsson. Com o título espanhol conquistado, em abril, com quatro rodadas de antecedência, ele também é o único a ganhar campeonatos nacionais na Itália, Espanha, Alemanha, Inglaterra e França.

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E dizer que ele nem era a primeira escolha do presidente do Real Madrid, Florentino Pérez para substituir Zinedine Zidane, no comando do clube. O italiano Massimiliano Allegri foi para quem Florentino Pérez, o presidente do clube espanhol telefonou. Com a sua recusa, aos 61 anos, Ancelotti voltou para fazer uma temporada dos sonhos, com um título espanhol ganho em cima do Barcelona, com treze pontos de vantagem, e a sonhada décima-quarta conquista de um título europeu: mais do que Milan e Liverpool possuem somados.

“No início, ninguém imaginava que poderíamos vencer esta Liga de Campeões, mas eu sabia que tinha em mãos um elenco com compromisso, confiança, luta e fomos capazes de criar um bom ambiente”, disse ele, durante a entrevista coletiva no Stade de France, logo depois da final. “Mas, quem analisar a nossa trajetória, desde as oitavas de final, verá que ganhamos os confrontos mesmo não sendo nunca o favorito e buscando a superação superando situações adversas nas partidas contra PSG e Manchester City e não perdendo o controle, mesmo com toda a pressão feira pelo Liverpool na final”.

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Ancelotti foi hábil e o segredo foi construir, ao seu redor, uma equipe com talento individual e técnica dos jogadores, mas com a humildade para aguentar o tranco. Quase a síntese do que ele próprio foi como jogador, quando fazia parte de um dos melhores elencos do Milan de todos os tempos, quando brilhou ao lado dos holandeses Gullit e Van Basten, e venceu duas Ligas dos Campeões e duas Copas Intercontinentais. Era um time técnico, mas que nunca deixava de acreditar na vitória. Tal como o Real Madrid que construiu.

“Sofremos muito desde as oitavas de final até o jogo de hoje. Mas nunca desistimos, mesmo quando as partidas pareciam perdidas”, disse. “Na final, lutamos como pudemos e não deixamos o Liverpool ter profundidade”. Segundo ele, o segredo foi o Real Madrid manter a concentração e aguentar firme. “Quando eles baixaram a pressão, no segundo tempo, nos pudemos criar nossa oportunidade e marcar o gol.”

O autor dele, o brasileiro Vinicius Júnior, acaba por ser uma assinatura de estilo Ancelotti de gestão: detalhista e paciente. Apesar de ser um driblador capaz de abrir espaço em defesas bem armadas, o brasileiro não finalizava tão bem a gol. “´É notável que a com os treinamentos, ele está cada vez melhor para marcar gols”, explica Ancelotti. “Tenho anos de carreira e nunca vi uma facilidade tão grande em treinar esta equipe. Fomos tranquilos na preparação para o jogo. Os jogadores tinham tanta confiança, que o mais nervoso a véspera da decisão era eu (risos).” Depois de merecidas férias, o italiano prepara-se para mais conquistas. Afinal, quando se trata de ambição e glória, o Real Madrid não pode parar.

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