Candidato cobra ‘transparência’ e pede adiamento da eleição da Fifa
Príncipe da Jordânia, Ali Bin Al-Hussein, exigiu que cabines de votação fossem transparentes, para evitar a possibilidade de fraude nesta sexta-feira
O ambiente na sede da Fifa, em Zurique, na Suíça, segue conturbado. A eleição presidencial da entidade, marcada para esta sexta-feira, foi parar nos tribunais e pode ser suspensa, a pedido de um dos candidatos, o príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein. Seus advogados entraram com um pedido de adiamento da votação no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, na sigla em francês) nesta terça-feira. Hussein alega que, literalmente, não há “transparência” no pleito e, por isso, haverá brechas para fraude nos 209 votos.
De acordo com os advogados de defesa do príncipe, Francis Szpiner e Renauld Semerdjian, a ação foi motivada pela recusa da Fifa em instalar cabines de votação transparentes, para evitar que eleitores fotografassem seus votos antes de depositá-los na urna. Segundo eles, eleitores estão sendo pressionados a registrar seus votos para não ferir suas alianças políticas. A Fifa rejeitou a exigência por cabines transparentes, mas afirmou que será proibido levar câmeras fotográficas ou celulares ao local da votação.
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O francês Jérôme Champagne, outro candidato presidencial, também aderiu às propostas do príncipe Ali. Segundo o francês, a presença de membros da federação europeia e da Confederação Asiática de Futebol no processo eleitoral poderiam favorecer outros candidatos – se referindo claramente ao suíço Gianni Infantino, ex-secretário-geral da Uefa, e ao xeque Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, do Bahrein, os favoritos desta eleição.
Champagne pediu que a comissão organizadora do pleito cancele este tipo de “privilégio”. “Fica claro que isso revela o objetivo de encher o Congresso com empregados das confederações”, declarou Champagne, lembrando que todas as 209 federações têm igual direito de escolha para definir o próximo mandatário. Os outros candidatos são o francês Jérôme Champagne e o sul-africano Tokyo Sexwale.
Com poucas chances de vitória, o Príncipe da Jordânia concorrerá à presidência pela segunda vez. Ele recebeu mais de 70 votos na eleição vencida por Joseph Blatter, em meio ao escândalo deflagrado pelo FBI em maio do ano passado. Dias depois da vitória no segundo turno, Blatter renunciou e convocou nova eleição para esta sexta-feira. O voto do Brasil na eleição será registrado por coronel Nunes, presidente interino da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
(da redação)