Cambistas vendem até camarotes e cadeiras cativas para a final no Maracanã
Ao redor do estádio, venda clandestina ocorre livremente, com valores de até 1.400 reais para assistir à partida entre Flamengo e Atlético-PR em um dos camarotes
O ‘padrão Fifa’ enfrenta sérios problemas para se instalar de vez no estádio da final da Copa do Mundo de 2014. Ao redor do Maracanã, as práticas de muito antes da reforma milionária do estádio se mostram vivas, atuantes e capazes de jogar por terra os esforços para disciplinar a rotina dos torcedores. Uma reportagem do jornal Extra flagrou cambistas oferecendo todo tipo de ingresso para a final da Copa do Brasil, incluindo cadeiras cativas e camarotes. Os cambistas – tão antigos quanto o Maracanã – se mostram à vontade, e conversam até com policiais militares que, em tese, deveriam coibir as irregularidades ao redor do estádio.
Acompanhe VEJA Esporte no Facebook
Os valores dos ingressos na mão dos vendedores ilegais acompanham a alta praticada pelo Flamengo, que tem mando de campo e controla a política de venda de entradas para a final. As vagas para camarotes eram oferecidas a 1.400 reais. Por 500 reais, o torcedor pode assistir à partida em uma cadeira cativa – um tipo de ingresso que não deveria estar à venda, mesmo nos canais formais de comercialização.
Há, evidentemente, muitos buracos na forma de gerir a venda de ingressos. O consórcio que administra o estádio informou que os 4.971 ingressos de cadeiras cativas são repassados à Superintendência de Desportos do Rio de Janeiro (Suderj), e a instituição faz a distribuição para os proprietários. A venda de camarotes é operada pela empresa IMX, do empresário Eike Batista. O consórcio que administra o Maracanã divulgou nota informando manter “diálogo constante” com o poder público para evitar a ação de cambistas.
Flamengo e Atlérico-PR se enfrentam às 21h50 no Maracanã, com o clube carioca jogando com vantagem de poder empatar em 0 a 0, depois do 1 x 1 no campo do adversário. A previsão é de público de 70.000 pessoas, lotação máxima do estádio.
Leia também:
Leia também: Após 1 a 1, Flamengo celebra ‘pequena vantagem’ na final