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Barcelona é o grande derrotado da janela mais espetacular da história

Além do ídolo Messi, que queria ficar, clube catalão perdeu Griezmann e o lateral brasileiro Emerson, que havia sido anunciado recentemente

Lionel Messi, Gianluigi Donnarumma e Sergio Ramos no Paris Saint-Germain. Cristiano Ronaldo de volta ao Manchester United. Romelu Lukaku no Chelsea. A janela de transferências de verão do mercado europeu da temporada 2021/22 chegou ao fim e ficará para a história como a mais badalada. Grandes potências se reforçaram e aumentaram o nível competitivo, mas há, também, quem tenha saído derrotado. Apesar da movimentação de jogadores de peso, o Barcelona carregará marcas negativas históricas e um enorme constrangimento.

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Entre a mais sensível perda, está o craque Lionel Messi. Depois de 17 temporadas, 35 troféus conquistados, 778 jogos realizados e 672 gols marcados pelo Barcelona, ele precisou deixar o clube, contrariado, devido ao buraco financeiro cavado pelos próprios catalães nos últimos anos. Messi deu adeus não pela impossibilidade conseguir jogar em alto nível, mas por não haver viabilidade financeira junto a La Liga, responsável pela gestão do Campeonato Espanhol, para a sua continuidade.

“Nesses últimos dias fiquei pensando no que poderia dizer. A verdade é que não consegui pensar em nada. É muito difícil para mim sair depois de tantos anos. Não estava preparado”, disse em sua fala de despedida, aos prantos, no Camp Nou. Dias depois, foi a vez do presidente Joan Laporta escancarar a crise financeira vivida pelo clube.

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Eleito em março, Laporta externou que a dívida do clube hoje atinge a marca de 1,3 bilhão de euros (8 bilhões de reais). Do montante, 617 milhões de euros são relacionados a dívidas com bancos, 389 milhões de euros a jogadores, 56 milhões de euros a compromissos já assumidos com a estrutura do clube, 90 milhões de euros em disputas judiciais, 40 milhões de euros em valores que serão cobrados e 79 milhões de adiantamento de direitos televisivos. “A primeira coisa que tivemos que fazer ao assumir foi pedir um empréstimo de 80 milhões de euros porque sem ele não poderíamos cumprir com a folha de pagamento”, afirmou.

Messi e as dívidas já seriam problema suficientes, mas não foi só. Além do argentino, o Barça deixou escapar nas últimas horas da janela, no Deadline Day (dia do prazo, em tradução do inglês), o atacante francês Antoine Griezmann para o Atlético de Madrid, rival local, além do lateral brasileiro Emerson Royal, para o Tottenham.

Emerson foi anunciado em junho e vendido pouco mais de dois meses depois por 30 milhões de euros (184 milhões de euros). Griezmann, por sua vez, deixa o Camp Nou com um sentimento de frustração e retorna a seu antigo clube por empréstimo até junho de 2022, com opção de compra por 40 milhões de euros (cerca de 240 milhões de reais pela cotação atual), podendo repetir o feito de Luis Suárez, dispensado pela Barcelona na temporada passada, na qual tornou-se o grande herói do título espanhol da equipe da capital. 

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Ídolos do clube, Jordi Alba e Sergio Busquets só permaneceram  porque se juntaram a Gerard Piqué e aceitaram em reduzir seus salários para a adequação no fair play financeiro. O clube fez uma postagem de agradecimento ao amor deles pela camisa nas redes sociais.

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Apesar das três saídas, os catalães não repuseram no mesmo nível. O holandês Memphis Depay chegou de forma gratuita e é o nome que mais enche de esperança o torcedor. Ele estreou com dois gols e uma assistência nos três primeiros jogos pelo novo clube. Também à custo zero, Sergio Aguero trocou o Manchester City pelo Barcelona, mas a saúde física do atleta coloca interrogações acerca do desempenho. O último contratado foi Luuk de Jong, atacante holandês que marcou nove gols em 48 jogos na temporada passada, pelo Sevilla.

A janela de transferências foi, portanto, o primeiro revés do Barcelona na temporada. Sem vencer a Liga dos Campeões desde 2015, o clube azul e grená fica longe dos principais favoritos. A pressão, por outro lado, aumenta entre os nomes que ficaram, como os experientes Gerard Piqué, Sergio Busquets e Jordi Alba e os jovens Pedri e Ansu Fati, que herdou a camisa 10 de Messi.

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O balanço do clube catalão nas últimas janelas de transferências é negativo, mesmo quando o investimento é feito. Grandes exemplos disso são Philippe Coutinho e Ousmane Dembélé, que chegaram à Espanha e ainda não justificaram o alto gasto. A jornada de ambos continua no Barcelona e, agora, com a saída de nomes relevantes, a responsabilidade por uma volta por cima aumenta. Sem dúvidas, o apaixonado pelo Barça, ao ver rivais se reforçando e o próprio clube descendo de nível, sente o primeiro golpe.

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