Banido, sul-coreano acusa Blatter de golpe e compara Fifa ao Titanic
Chung Mong-joon teve sua candidatura à presidência da Fifa vetada pelo Comitê de Ética da entidade nesta quinta-feira
O sul-coreano Chung Mong-joon, que foi banido da Fifa por seis anos e teve sua candidatura à presidência da entidade anulada na manhã desta quinta-feira, defendeu-se das acusações de compra de votos para a escolha da sede da Copa de 2022. Por meio de nota, ele protestou contra a entidade, da qual foi vice-presidente entre 1994 e 2011, e acusou o presidente Joseph Blatter de estar arquitetando uma estratégia para se manter no cargo.
“Ainda que esta decisão não me surpreenda, estou profundamente decepcionado por uma medida que, outra vez, demonstra a natureza tremendamente irresponsável e antiética da Fifa”, disse, antes de classificar a entidade como o “Titanic afundando”. Ele protestou contra a medida que o impede de concorrer à presidência da Fifa em 26 de fevereiro de 2016 e disse que Blatter influenciou a decisão.
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“A decisão do Comitê de Ética minou a legitimidade da próxima eleição da Fifa. A comunidade internacional do futebol já está se conscientizando que Blatter planeja retornar à presidência depois de 26 de fevereiro de 2016, quando seu banimento de 90 dias terá terminado e se o Congresso Emergencial da Fifa estiver incapaz de eleger o próximo presidente”, acusou.
“Irei mobilizar todos os meios legais possíveis para expor essa injustiça, continuando a fazer o meu melhor para mudar a Fifa. Paço a todos os colegas imparciais da Fifa e aos fãs de futebol ao redor do mundo, bem como ao tribunal da opinião pública mundial para se juntarem a mim neste esforço para promover o verdadeiro renascimento da entidade”.
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Mong Joon, sócio majoritário da montadora Hyundai e um dos homens mais ricos de seu país, também recebeu uma multa de 107.000 dólares (cerca de 415.000 reais). Além do banimento e da multa de Mong-joon, o Comitê de Ética da Fifa anunciou a suspensão por 90 dias do presidente Joseph Blatter, de Michel Platini, presidente da Uefa e também pré-candidato à suceder Blatter, e Jérome Valcke, ex-secretário-geral que já estava afastado.
(com Gazeta Press)