As 7 vezes em que o vencedor do prêmio da Fifa divergiu do da Bola de Ouro
Prêmio da Fifa, hoje chamado de 'The Best', foi criado em 1991 e chegou a ser unificado ao da 'France Football' por um curto período
O vencedor do prêmio Fifa The Best de 2021 será conhecido no próximo dia 17 de janeiro, em cerimônia realizada em Zurique, na Suíça. Os finalistas à honraria na categoria masculina são o atual campeão Robert Lewandowski (Bayern de Munique), Lionel Messi (Paris Saint Germain) e Mohamed Salah (Liverpool). No fim do ano passado, Messi faturou sua sexta Bola de Ouro, o que lhe garante certo favoritismo, mas nem sempre houve coincidência entre as premiações.
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A existência de dois badalados troféus individuais levanta a dúvida em alguns fãs: a Bola de Ouro e o The Best da Fifa são prêmios separados? Sim, com exceção a um curto período de fusão entre 2010 e 2015, época em que era chamado de Fifa Ballon D’Or. Na maior parte do tempo, no entanto, desde a criação do prêmio de jogador do ano da Fifa em 1991, foram concorrentes – e ambos bastante desejados.
A Bola de Ouro, criada em 1956 pela revista France Football, tem maior reconhecimento na Europa. O galardão, na verdade, ficou por muito tempo restrito ao futebol do continente, já que até 1995 apenas atletas europeus podiam disputá-la. É por esta razão que craques como o argentino Diego Armando Maradona e o brasileiro Pelé, indubitavelmente os maiores craques de suas gerações, jamais conquistaram uma Bola de Ouro enquanto jogavam.
O brasileiro Romário foi um dos protagonistas da mudança. Ele foi o grande craque de 1994 ao brilhar na conquista do tetracampeonato da Copa do Mundo pela seleção brasileira, nos Estados Unidos, mas só ergueu o prêmio da Fifa, enquanto o búlgaro Hristo Stoichkov, seu companheiro de Barcelona, ficou com a Bola de Ouro. No ano seguinte, a France Football adotou a internacionalização de seu prêmio, e o liberiano George Weah, do Milan, levou a bola dourada (é até hoje o único africano eleito melhor do mundo, marca que pode ser igualada por Salah em 2021).
Nas 25 edições em que Fifa e France Football entregaram prêmios separados (entre 1991 e 2009 e entre 2016 até 2020), por 7 vezes os campeões conflitaram. A última delas foi em 2004, mas há chance de a novidade se repetir este ano, já que muitos apontam Lewandowski como merecedor da honraria. Relembre, abaixo, os anos com dois “melhores do mundo.”
1991 – Jean Pierre Papin e Lothar Matthäus
Bola de Ouro: Jean Pierre Papin (Olympique de Marselha/França)
Títulos conquistados: Campeonato francês
Melhor do Ano Fifa: Lothar Matthäus (Inter de Milão/Alemanha)
Títulos conquistados: Copa da Uefa
1994 – Hristo Stoichkov e Romário
Bola de Ouro: Hristo Stoichkov (Barcelona/Bulgária)
Títulos conquistados: Supercopa da Espanha
Melhor do Ano Fifa: Romário (Barcelona/Brasil)
Títulos conquistados: Supercopa da Espanha e Copa do Mundo
1996 – Matthias Sammer e Ronaldo
Bola de Ouro: Matthias Sammer (Borussia Dortmund/Alemanha)
Títulos conquistados: Eurocopa, Bundesliga e Supercopa da Alemanha
Melhor do Ano Fifa: Ronaldo Nazário (PSV Eindhoven/Brasil)
Títulos conquistados: Recopa europeia, Copa do Rei, Supercopa da Espanha
2000 – Luís Figo e Zinedine Zidane
Bola de OuroLuís Figo (Real Madrid e Barcelona/Portugal)
Títulos conquistados: nenhum
Melhor do Ano Fifa
Zinédine Zidane (Juventus/França)
Títulos conquistados: Eurocopa
2001 – Michael Owen e Luís Figo
Bola de Ouro: Michael Owen (Liverpool/Inglaterra)
Títulos conquistados: Supercopa europeia, Supercopa da Inglaterra
Melhor do Ano Fifa
Luís Figo (Real Madrid/Portugal)
Títulos conquistados: Supercopa da Espanha
2003 – Pavel Nedved e Zinedine Zidane
Bola de Ouro: Pavel Nedved (Juventus/Rep.Tcheca)
Títulos conquistados: Supercopa da Itália
Melhor do Ano Fifa: Zinédine Zidane (Real Madrid/França)
Títulos conquistados: Supercopa da Espanha
2004 – Andriy Shevchenko e Ronaldinho Gaúcho
Bola de Ouro
Andriy Shevchenko (Milan/Ucrânia)
Títulos conquistados: Supercopa da Itália
Melhor do Ano Fifa
Ronaldo de Assis Moreira (Barcelona/Brasil)
Títulos conquistados: nenhum